Veja o vídeo - Fávaro denuncia 'gabinete do ódio' e chama bolsonaristas para o debate

O senador Carlos Fávaro (PSD) gravou um vídeo em que afirma que os ataques que vem sofrendo nas redes sociais após declarar apoio ao ex-presidente Lula (PT), são promovidos pelo 'gabinete do ódio' e das redes bolsonaristas, que evitam debater o país. Em quase 5 minutos de vídeo, Fávaro explica os motivos que o fizeram apoiar Lula e Alckmin (PSB) na disputa presidencial, e lembrou que nunca teve o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Aos que me chamam de traidor, é preciso deixar claro que nunca tive o apoio do presidente Bolsonaro nas eleições que disputei ao Senado. O povo de Mato Grosso tem memória, sabe que na primeira eleição a juíza Selma foi a senadora de Bolsonaro no Estado. E na eleição suplementar, a candidata de Bolsonaro e dos seguidores foi a coronel Fernanda. Cheguei ao Senado derrotando nas urnas a candidata bolsonarista", disse Fávaro.

Leia também - Senador expõe descontentamento por ter PSB em chapa

O senador afirma que o presidente é uma ameaça ao país, e citou o alto índice de desmatamento na Amazônia, e crises com a China, Estados Unidos, União Européia e no Mercosul. "Não bastasse as brigas internas criadas pelo presidente, coloca a nação em conflito. Os ataques à independência do Poder Judiciário, o deboche contra a dor das famílias vitimadas pela covid-19. A denúncia infundadas contra as urnas eletrônicas e a pregação sistemática do golpe, existe uma tomada de decisão de quem tem apreço a democracia", argumentou.

Fávaro disse que ao chamar Alckmin para ser o seu vice, Lula sinalizou a política de pacificação do país e a intenção de fazer um governo de conciliação nacional. Sobre o agronegócio, Carlos Fávaro também lembrou o legado que os governos Lula e Dilma fizeram no setor. Ele citou a área da infraestrutura, como o terminal ferroviário em Rondonópolis e a construção de vários portos  nas gestões petistas.

"Se a BR 163, que liga Mato Grosso ao Pará, e faltava 1 mil km para ser pavimentada, foi o governo Lula que licenciou e fez 950 km. A BR 364 foi feita pelo governo Lula. A BR 242 não foi diferente. 50% dela foi construída no governo Lula, e de lá pra cá ninguém fez mais", pontuou.

Carlos Fávaro ainda chamou os que divergem dele para um debate neste período eleitoral e discutir os programas apresentados nestas eleições. "A democracia é espaço para debate e este espaço está aberto aqui para ouvirmos propostas para o Brasil. Ataques pessoais só incentivam o ódio e não serão mais aceitos", disse na discrição do vídeo.

Carlos Fávaro é coordenador da campanha de Lula (PT) e Alckmin (PSB) em Mato Grosso, e nos últimos dias tem sido atacado pelo campo bolsonarista e por membros do palanque do governador Mauro Mendes (União).