Vereador acredita em condenação de Bolsonaro e Calil projeta 'injustiça'

O vereador por Cuiabá Daniel Monteiro (Republicanos) acredita que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento sobre a trama golpista. “Tudo aponta para a condenação”, afirmou o vereador em entrevista à imprensa nesta terça-feira (2).

“Eu imagino que ele seja condenado. Todos os fatos conspiram para essa conclusão, na medida que os ministros do Supremo, responsáveis pelo julgamento, já deram até indícios [disso]”, observou Monteiro.

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Quem também comentou o assunto foi a vice-presidente municipal do PL, vereadora Paula Calil. Ela alegou que, caso a condenação de Bolsonaro aconteça, seria uma “injustiça” histórica dentro da política brasileira.

"Hoje começa o julgamento [na Primeira Turma do STF]. Desde que eu me entendo por gente, se o ex-presidente Bolsonaro for condenado, será a maior injustiça política do nosso país”, opinou a vereadora, que ainda chamou as medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes à Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica, de “desproporcionais”.

Daniel Monteiro aproveitou para criticar a conduta de alguns ministros do STF, como uma fala de Luís Roberto Barroso, em julho de 2023. “Nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia", disse o ministro em um ato da União Nacional dos Estudantes.

“Teve uma fala, que eu considero muito perigosa do ponto de vista jurídico, do presidente do Supremo Tribunal Federal, Barroso, lá atrás, que ele disse que ‘derrotou o bolsonarismo’. O poder Judiciário tem que se manter inerte”, pontuou Monteiro.

O vereador comparou a atuação dos ministros da Suprema Corte com a de juízes de futebol. Segundo ele, o “bom juiz” é aquele que passa despercebido, e defendeu a mesma atitude dos ministros.

Uma das figuras bolsonaristas mais atuantes no âmbito municipal é o vereador Rafael Ranalli (PL), que se referiu à Bolsonaro como o “presidente mais honesto da história do Brasil”.

“[Ele] está sendo julgado por um crime que nunca cometeu”, comentou Ranalli, que ainda argumentou que o futuro do país está “em jogo” com o julgamento.