residencial Jonas Pinheiro 05.11.2019 | 10h28

jessica@gazetadigital.com.br
O sonho da casa própria se tornou pesadelo e tem tirado o sono de quem mora no Residencial Jonas Pinheiro 3, em Cuiabá. No sábado (2), os moradores receberam notificação, entregue pela polícia, para que deixem o local. Uma decisão judicial determinou que todos deixem os imóveis na quarta-feira (6).
Leia também - Guilherme Maluf é eleito presidente do TCE por unanimidade
No comunicado, entregue pelos policiais para as 379 famílias intimam as pessoas recolherem os pertences e buscarem outro lugar para morar. A medida visa evitar conflitos no momento da desapropriação, prevista para as 6h de quarta.
“Essa já é a terceira ordem de despejo. Conseguimos reverter as outras duas e esperamos ultrapassar essa também. Não temos para onde ir. Vamos ficar aqui até o último segundo”, afirma Karol Ribeiro, moradora do loteamento.
O Jonas Pinheiro 3 foi idealizado, por meio de um convênio da Prefeitura de Cuiabá, Caixa Econômica Federal e Construtora Lumen, com o objetivo de abrigar famílias de diversas regiões de Cuiabá, que seriam selecionadas pela Secretaria Municipal de Habitação e Regularização Fundiária.
Financiado por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) e do Minha Casa Minha Vida, o conjunto habitacional deveria ter sido entregue ainda em 2014, mas estava abandonado até 2017, quando os ocupantes se reuniram para dividir as moradias entre eles.
“Quando a gente chegou aqui estava tudo destruído. Sem porta, sucateado. Nós pintamos, cuidamos e agora querem que a gente saia. Isso não é certo”, pontua Kelvin Paulo Luiz Santos, que mora há 1 ano e 7 meses no local, com a esposa e o filho.
De acordo com Karol Ribeiro, o abastecimento de água e energia no local é clandestino e muito precário. Esse é um ponto que os moradores também querem regularizar, para que vivam com tranquilidade e dignidade no loteamento.
“A gente não quer nada dado. Vamos pagar por isso. Só queremos nossa casa”, clama.
Representantes dos moradores estão em tratativas com a Prefeitura de Cuiabá para reverter a decisão de despejo. Caso não haja acordo, a população local fará protesto na tarde desta terça-feira (5).
Publicidade
Publicidade
Milho Disponível
R$ 66,90
0,75%
Algodão
R$ 164,95
1,41%
Boi à vista
R$ 285,25
0,14%
Soja Disponível
R$ 153,20
1,06%
Publicidade
Publicidade
O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.