'QUE SE DANE A OAB' 16.12.2025 | 10h30

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João Vieira
Júri popular do investigador da Polícia Civil Mário Wilson Vieira da Silva teve o primeiro dia marcado por uma discussão entre a Juíza Mônica Catarina Perri Siqueira e os advogados de defesa do réu. A reação aconteceu após a juíza dizer “que se dane” a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Ela foi acusada de desrespeitar às prorrogativas dos profissionais. Advogado de defesa do réu, Claudio Dalledone, explicou que a juíza se alterou após ser informado que a OAB estava acompanhando o julgamento com objetivo de analisar uma possível quebra de prerrogativa dos advogados. “Ah, que se dane, uai. Vocês estão aí só levantando, OAB, OAB, OAB. Mantenham o respeito”, disse a juíza.
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Em seguida, outro advogado afirma que “quando há desrespeito às prerrogativas, a OAB se levanta”. Depois deste episodio, os advogados se manifestaram na porta do fórum na manhã desta terça-feira (16), para pedirem dissolução do conselho sentença, pois consideram a fala da magistrada um abuso de poder e afronta à instituição.
“Ela determinou que a comissão de prerrogativas, a instituição da OAB fosse retirada pela polícia do plenário, o advogado tem um conjunto de direitos que se chama prerrogativas, elas devem ser respeitadas e elas estavam sendo violadas, tudo isso pelo uso de autoridade da magistrada, acompanhada pelos dois promotores", disse Dalledone.
Para o advogado, o ato se mostrou um 'absurdo completo'. "Isso era visto nas ditaduras mais cadentes e ardentes, isso é um absurdo, mexeu com um advogado, mexeu com todos, a OAB do Brasil inteiro mobilizada e pediremos a dissolução do conselho de sentença”, finalizou.
Júri em andamento
O policial civil Walfredo Raimundo Adorno Moura Junior e seu amigo, o policial militar Thiago Ruiz, chegaram juntos à conveniência de um posto de combustíveis de Cuiabá durante a madrugada. Mário chegou depois e foi apresentado a Thiago. Pelas câmeras de segurança, foi possível ver suspeito e vítima conversando até que o PM mostra sua arma na cintura, e, neste momento, o policial civil toma o revólver.
Eles começam a discutir até que partem para a agressão. Em determinado momento, eles caem ao chão, e Mário então atira em Thiago. Ele teria desconfiado que Thiago não era PM e, por isso, decidiu tomar a arma.
Mário se apresentou à polícia menos de 24 horas após ter cometido o crime. Em seu depoimento, não soube explicar por que tomou a arma do PM, contudo, justificou que atirou por temer que a vítima o matasse durante o desentendimento.
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