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'FAZEM LEIS COMO SALSICHAS’ 07.02.2025 | 13h48

'Aumentar a pena não diminui a criminalidade', diz desembargador

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Vinicius Mendes e Allan Mesquita

redacao@gazetadigital.com.br

Chico Ferreira

Chico Ferreira

O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Orlando Perri, defendeu que punição é o fator mais importante para combater a criminalidade e não o endurecimento das penas. O discurso do magistrado contraria o que o governador Mauro Mendes (União) e outras autoridades têm pregado nos últimos meses, principalmente diante do avanço das facções criminosas no estado.


“Eu particularmente sou defensor que o que combate a criminalidade, o que reduz a criminalidade, é a aplicação da pena. É a punição. Basta ver que, no Brasil, de cada 10 homicídios, apenas 3 são desvendados. Então, é a impunidade que fomenta a criminalidade”, afirmou Perri.

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A declaração foi dada na sexta-feira (7), durante a cerimônia de posse do novo procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, Rodrigo Fonseca Costa, que acredita que a defasagem na legislação penal é um dos fatores para o aumento da criminalidade.


Para o desembargador, aumentar as penas não é a solução para diminuir os índices de criminalidade. Perri citou estudos em psicologia social afirmando que experiências mostram que penas mais moderadas têm mais eficácia do que penas mais severas.


“Não é o endurecimento de penas que vai diminuir a criminalidade. Muito pelo contrário. Os nossos legisladores muitas vezes fazem leis como se fazem salsichas. Então, é preciso conhecer a natureza humana, um pouco de psicologia social para entender que não é o endurecimento das penas que vai diminuir a criminalidade. É a certeza da punição”, ressaltou.


O magistrado também comentou sobre a progressão de pena, destacando que, é um sistema adotado mundialmente.


“É um sistema que é aplicado praticamente no mundo inteiro. É claro que a pena tem o seu caráter punitivo, mas ele tem que passar por um processo de aprendizado de ressocialização”, finalizou.

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Comentários

LANDOLFO VILELA GARCIA JUNIOR - 09/02/2025

Mas deixa o sujeito mais tempo longe dos 98% da população que não cometem crimes...

Floriser do Espírito Santo - 07/02/2025

O problema é que os bandidos não conhecem o CP nem o CPP, eles só sabem que o latrocínio e estupro que dá mais tempo de prisão, furto, roubo, tráfico de drogas da pouco tempo de cadeia para primários, aí vem os crimes de violência doméstica ou Maria da Penha que também não dá cadeia.

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