marido também preso 04.11.2024 | 17h46
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Por decisão da ministra Cármem Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), Thais Emilia Siqueira Silva teve sua prisão mantida. Ela é esposa de uma das lideranças do Comando Vermelho em Mato Grosso e foi presa no âmbito da operação que apurou um esquema de venda de benefícios para detentos no estado.
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Em maio de 2024, a 1ª Vara Criminal de Primavera do Leste (a 231 km de Cuiabá), em um processo sobre lavagem de dinheiro, associação criminosa, corrupção passiva e ativa, tráfico e associação para o tráfico de drogas, decretou a prisão de Thais e outros réus.
Thais é companheira de Janderson dos Santos Lopes. A Polícia Civil apurou que, mesmo preso em uma cadeia pública local, ele continuava envolvido em esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, tendo total liberdade para realizar as atividades criminosas.
Consta nos autos que Janderson já havia sido alvo de duas operações policiais, a “Red Money” e a “Três Estados”, nas quais tanto ele quanto sua companheira Thais tiveram bens confiscados.
Conforme apurado, pouco mais de um ano após sua transferência para a Cadeia Pública de Primavera do Leste, Janderson adquiriu um considerável patrimônio, inclusive abrindo empresas, comprando carros de luxo pare ele e sua esposa, assim como adquirindo imóveis em Cuiabá, Poxoréu e Primavera do Leste.
Janderson foi beneficiado com autorização para realizar trabalhos foram da cadeia e frequentar faculdade, no entanto, não compareceu às aulas e nem ao trabalho externo. Neste contexto foi descoberto um esquema de corrupção na venda de benefícios a detentos, mediante pagamento, principalmente de trabalho externo e alojamento privilegiado. Na operação que apurou esses fatos foi decretada a prisão de Thais.
A defesa dela entrou com um recurso de habeas corpus contra a decisão do ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que manteve a decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) que negou prisão domiciliar a Thais para que pudesse cuidar dos filhos.
A decisão do TJ considerou o profundo envolvimento da companheira de Janderson com o grupo criminoso, auxiliando na lavagem de dinheiro, além de que ela já tinha passagens criminais e, ao ser beneficiada anteriormente com medidas cautelares, voltou a praticar crimes.
Ao STF, a defesa de Thais argumentou que ela é “mãe solteira de 3 filhos menores, que dependem exclusivamente de seus cuidados, pois o pai das crianças encontra-se igualmente recluso”. Alegou também que os crimes dos quais ela é acusada “não envolvem violência ou ameaça grave, e durante o período em que ficaram em prisão domiciliar, não houve qualquer violação das condições impostas”.
Contudo, ao analisar o caso, a ministra Cármem Lúcia não viu qualquer irregularidade nas decisões contestadas. Com isso, ela negou seguimento ao habeas corpus.
“O comportamento do eminente Relator demonstra diligência e cuidado com o processo submetido a seu cuidado inicial. As providências adotadas pelo Relator e os prazos observados evidenciam a razoabilidade do curso do processo. A impetração encontra-se conclusa há menos de um mês para decisão de mérito, não se comprovando qualquer demora por desídia atribuível ao Poder Judiciário”.
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