81 MIL HECTARES 16.01.2025 | 14h05
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Em entrevista na manhã dessa quarta-feira (15), a promotora de Justiça Ana Luiza Ávila Peterlini de Souza, da 15ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Cuiabá, disse que ainda não foi possível calcular todo o dano ambiental causado pelo pecuarista Claudecy Oliveira Lemes com o desmate químico de 81 mil hectares no Pantanal. Peterlini avaliou que este foi o maior dano ambiental que já viu em sua carreira.
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“Eu, particularmente, nunca vi uma degradação ambiental... foi o maior dano ambiental que eu já atuei e eu acho que [é o maior] no estado de Mato Grosso, a gente teve quase 100 mil hectares degradados no Pantanal, que é uma área de importância internacional”, disse a promotora ao programa Tribuna, da Rádio Vila Real FM (98.3).
A representante do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) pontuou que, apesar de solto, Claudecy não está mais atuando em suas propriedades rurais, que em decorrência das ações judiciais uma empresa foi nomeada como administradora judicial das áreas. Destacou também que as áreas estão indisponíveis para venda, assim como o gado que estava nelas.
As áreas continuam no nome do pecuarista, mas o objetivo do MP é que, no final dos processos, seja declarada a perda de todas as propriedades, para a reparação dos danos ambientais, assim como que seja decretada a prisão.
“Então é um longo processo, mas nós vamos buscar a reparação integral, a retirada desse gado, a regeneração dessas áreas e pagamento de indenização por esses danos que são até agora incalculáveis, porque a gente não consegue nem calcular o quanto isso afetou o bioma”, afirmou.
A promotora também disse que o Estado de Mato Grosso tem feito grandes atuações na defesa do meio ambiente, mas que este tipo de desmatamento, de forma química, é mais difícil de ser identificado por satélite.
“Nós tivemos conhecimento desse desmate não por imagens de satélite, mas por denúncias que nos levaram a fazer vistorias in loco e perceber a dimensão desse dano, mas isso depois que ele já havia iniciado esse processo de um a dois anos, porque é um processo mais lento”, explicou.
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Robson Alves de Paula - 17/01/2025
Parabéns à Promotora por realizar o seu trabalho com dedicação e imparcialidade. Espero que em decorrência da morosidade judicial não se trate de mais um processo que culmine em "prescrição", como tantas as situações que ocorrem em MT, com pessoas "importantes"...
Robson Guilherme - 17/01/2025
Houve sim um crime ambiental, porém o que está sendo divulgado pela justiça são número mentirosos. Não houve o desmatamento de uma área de 81 mil hectares. O desmatamento ocorreu em sua propriedade que tem o equivalente a 81 mil hectares. Divulgar notícias falsas também é crime e leviano.
Jesus Moreira - 17/01/2025
Seria. Inadmissível esse tipo de crime não ser punido ao rigor da lei... Porque. Se o trabalhador que tem um sítio. Não pode tirar um cabo de enxada em sua propriedade pra seu trabalho....que é punido..imagina. Esse crime aí!.
Adriane Távora - 17/01/2025
Parabéns a promotora!! É preciso tb incentivar as denúncias, visto q foi por isso q foi encontrado em verificação in loco. Louvável trabalho da promotora!
Fernanda - 16/01/2025
Parabéns a Promotora Ana Luiza Peterlini, e obrigada, por estar fazendo a verdadeira justiça nesse crime que deveria ser considerado hediondo, pois além do dano quase irreparável para todo bioma, milhares de animais perderam suas vidas nesse massacre venenoso!
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