alegou depressão 14.11.2025 | 18h10

mariana.lenz@gazetadigital.com.br
João Ricardo/CenárioMT
Laudo emitido pela Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso (Politec-MT) atestou que o engenheiro agrônomo Daniel Bennemann Frasson pode ser considerado inimputável em razão de quadro depressivo. Ele é acusado de assassinar a facadas a esposa Gleici Keli Geraldo de Souza, 42, em junho deste ano, na residência do casal em Lucas do Rio Verde (354 km ao norte de Cuiabá). A vítima dormia ao seu lado quando recebeu as 16 facadas fatais. A filha também dividia a cama no momento e foi ferida com os golpes. O processo estava suspenso em função da instauração de incidente de insanidade mental para avaliar a condição psicológica do réu.
O
apurou que o engenheiro permanece preso preventivamente e recebendo medicação na unidade em que está recolhido. Na prática, a inimputabilidade significa que o acusado não tinha a capacidade de entender o caráter ilícito do ato ou de se autodeterminar no momento de sua prática. Agora, com o laudo, a Justiça deve prosseguir o processo para fase de instrução, com oitiva de testemunhas envolvidas no caso e do próprio réu.
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Conforme as provas colhidas e apresentadas ao longo do processo será decidido quais medidas devem ser aplicadas. Caberá ao juiz do caso decidir se o réu será pronunciado, ou seja, levado a julgamento pelo Tribunal do Júri, ou não. O engenheiro pode ser inclusive submetido a medida de segurança, sanção penal aplicada a réus que cometeram crimes e ao ser considerados inimputáveis por doença mental ou outra razão não podem ser submetidos à pena comum.
A reportagem do
noticiou anteriormente que a defesa de Frasson havia ingressado com o incidente de insanidade mental, já que o investigado alegou "perda de realidade, depressão e sintomas de síndrome do pânico”.
O artigo 149 do Código do Processo Penal (CPP) cita que “quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz ordenará, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este submetido a exame médico-legal”, processo este que foi instaurado a pedido da defesa de Frasson.
O caso
Gleici Keli Geraldo de Souza, 42, foi morta com 16 facadas, no dia 24 de junho, enquanto dormia. O crime ocorreu em Lucas do Rio Verde e o marido da vítima, Daniel Bennemann Frasson, 36, foi preso acusado pelo feminicídio. A filha do casal, uma menina de 7 anos, também foi esfaqueada, mas sobreviveu após dias internada na UTI, e hoje vive com a irmã mais velha.
No dia do crime, Daniel ainda tentou contra a própria vida. Ele foi encontrado no chão da casa, com sangramento na altura do coração, mas foi socorrido e levado ao hospital, sobrevivendo. Dias depois, o acusado recebeu alta hospitalar em Lucas do Rio Verde (354 km ao norte de Cuiabá) e foi transferido ao Centro de Ressocialização de Sorriso (420 km ao norte de Cuiabá).
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