'meticuloso planejamento e execução' 30.06.2025 | 17h00
redacao@gazetadigital.com.br
Reprodução
Os policiais militares Jackson Pereira Barbosa e Icaro Nathan Santos Ferreira foram denunciados pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT), por envolvimento no homicídio do advogado Renato Gomes Nery. A nova denúncia por homicídio qualificado (mediante paga ou promessa de recompensa, emprego de meio que resultou perigo comum, recurso que dificultou a defesa do ofendido e idade avançada da vítima), fraude processual, abuso de autoridade e organização criminosa foi oferecida no dia 26 de junho.
De acordo com a nova denúncia, os policiais militares Jackson Pereira Barbosa e Ícaro Nathan Santos Ferreira “agindo em concurso de pessoas e em contexto de organização criminosa, participaram do meticuloso planejamento e execução do homicídio qualificado do advogado”. O crime ocorreu em 5 de julho de 2024, em frente ao escritório da vítima, na Avenida Fernando Corrêa.
Em maio deste ano, o MPMT já havia denunciado o policial militar Heron Teixeira Pena Vieira e o montador de móveis Alex Roberto de Queiroz Silva pela participação no mesmo homicídio.
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Conforme apurado, ambos atuaram como intermediários em uma cadeia criminosa que culminou na execução da vítima, atingida por disparos de arma de fogo efetuados por Alex Silva, sob a coordenação de Heron Vieira. O crime teria sido motivado por promessa de recompensa no valor de R$ 200 mil.
Jackson atuou como intermediário principal, coordenando o crime e realizando pagamentos parciais, enquanto Ícaro forneceu a arma usada (uma pistola Glock, configurada para disparos automáticos) e facilitou a transferência do pagamento.
O homicídio foi praticado no contexto de uma disputa judicial envolvendo mais de 12 mil hectares de terras em Novo São Joaquim (a 485 km de Cuiabá). A vítima havia obtido uma vitória judicial significativa, resultando em perdas financeiras para aspartes adversas. Além disso, havia apresentado uma queixa ética contra outros advogados, acusando-os de operar um "escritório do crime" com suposta participação de um membro do Judiciário.
Jackson Pereira Barbosa e Ícaro Nathan Santos Ferreira já foram denunciados anteriormente pelo MPMT no âmbito da Operação “Simulacrum”.
A denúncia foi assinada pelos promotores de Justiça Élide Manzini de Campos, Rinaldo Segundo, Rodrigo Ribeiro Domingues e Samuel Frungilo.
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