produtores investigados 09.01.2023 | 15h50
pablo@gazetadigital.com.br
Otmar de Oliveira
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) emitiu uma nota de repúdio contra a invasão das sedes do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário em Brasília por terroristas que tentaram dar um golpe no país. A nota ainda tenta desvincular o agronegócio dos atos antidemocráticos. Apesar de vários fazendeiros terem sido acusados de financiar manifestações no estado.
"Declarações que atribuam ao setor participação nos ataques são descabidas e não retratam a real importância do agro brasileiro para o país. (...) Prezamos pela democracia e somos contra quaisquer atos que gerem prejuízos ao Brasil, e nos opomos a quaisquer conclusões que não representem a verdade", diz trecho da nota.
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Apesar da negativa, vários produtores e empresários do agronegócio em Mato Grosso são investigados por susposto finaciamento nas manifestações contra eleição de Lula (PT) e credibilidade das urnas. Tanto que a própria Aprosoja-MT foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal, em 6 de setembro de 2021, sob suspeita de financiar as manifestações que pediam golpe militar no dia 7 de setembro em Brasília.
Recentemente, vários empresários do agronegócio tiveram suas contas bloqueadas por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Entre eles estão a ex-prefeira de Sinop e 2ª suplente de senadora, Rosa Martinelli (PL) e outros produtores rurais. Mais de 40 empresas ligadas ao setor rural também tiveram contas bloqueadas.
Atualmente a Aprosoja-MT é comandada pelo grupo político ligado ao presidente da Aprosoja Brasil, Antônio Galvan (PDT), que saiu derrotado nas eleições do ano passado na disputa ao Senado. Autodeclarado bolsonarista raíz, Galvan também é investigado pelo STF, sob suspeita de usar a entidade para financiar manifestações de caráter golpista. Ele nega as acusações.
A nota da Aprosoja-MT ainda afirma que o setor é importante no desenvolvimento do Brasil, "gerando renda, emprego e divisas para o país, produzindo alimento com segurança, responsabilidade e sustentabilidade".
"Como entidade que preza pelo cumprimento das leis e da Constituição, defendemos a liberdade de pensamento e a manifestação pacífica, mas jamais poderemos concordar com invasão e depredação de qualquer propriedade, seja ela pública ou privada", diz outro trecho.
"Prezamos pela democracia e somos contra quaisquer atos que gerem prejuízos ao Brasil, e nos opomos a quaisquer conclusões que não representem a verdade", concluem.
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