RACHA À VISTA? 11.10.2025 | 07h44
fred.moraes@gazetadigital.com.br
Reprodução
As indefinições em torno da candidatura ao governo de Mato Grosso no Partido Liberal (PL) preocupa lideranças da sigla. Com o nome do senador Wellington Fagundes (PL) ainda em espera e o avanço das articulações do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) junto a prefeitos e representantes liberais, o comando nacional do partido já tenta conter um possível racha.
Na última quarta-feira (8), o presidente estadual do PL, Ananias Filho, esteve em Brasília para reunião com o dirigente nacional Valdemar Costa Neto, em busca de reforço político à pré-candidatura de Fagundes e uma sinalização clara de apoio da executiva nacional ao projeto mato-grossense. Durante o encontro, Costa Neto destacou a importância da unidade e pediu coesão entre os filiados da sigla no estado.
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“Não tenho dúvidas disso, Ananias. Você é um campeão, trabalha bem. Vamos juntar nosso pessoal, unidos”, afirmou Valdemar, em vídeo divulgado nas redes sociais.
Ananias, por sua vez, garantiu que o PL mato-grossense continuará sendo “exemplo para o Brasil”, reforçando que a direita deve permanecer organizada sob o mesmo palanque. “Hoje tivemos uma reunião em Brasília, uma conversa franca e tranquila. O PL de Mato Grosso vai ser exemplo novamente para o Brasil. Vamos fazer uma bancada forte. O PL vai vir unido, com campanhas bonitas e fortes. A direita é nossa, o PL é a casa da direita”, declarou o presidente estadual.
Apesar do discurso de união, o cenário segue turbulento nos bastidores. Nos últimos meses, prefeitos eleitos pelo PL como Abilio Brunini, Cláudio Ferreira e Flávia Moretti, que comandam os 3 maiores municípios do Mato Grosso, têm se aproximado de Otaviano Pivetta, que deve ser lançado como o sucessor do governador Mauro Mendes (União Brasil). Pivetta, que vem intensificando sua interlocução com grupos bolsonaristas e conservadores, busca costurar uma aliança ampla, que inclua parte do PL e setores do agronegócio.
Enquanto isso, Wellington Fagundes trabalha para consolidar seu nome como candidato da legenda, da qual faz parte há décadas, e garantir apoio integral da cúpula liberal. A dúvida, porém, é se o PL manterá fidelidade total ao senador ou dividirá espaço com o projeto político de Pivetta, movimento que pode redesenhar o eixo da direita em Mato Grosso para 2026.
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