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EXECUTIVO NA MIRA 05.05.2021 | 15h52

Com 'Sinal Vermelho', Antenor é o 5º secretário exonerado da gestão Emanuel

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Jessica Bachega e Khayo Ribeiro

redacao@gazetadigital.com.br

João Vieira

João Vieira

Com a deflagração da Operação Sinal Vermelho, pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), na manhã desta quarta-feira (5), que culminou na exoneração do secretário de Mobilidade Urbana de Cuiabá, Antenor Figueiredo, a gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) acumula 5 baixas no staff.

 

A decisão em torno do afastamento de Antenor foi proferida pela juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá. A magistrada constatou irregularidades no sistema de semáforos inteligentes da Capital após auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).

 

Leia também - Justiça afasta e bloqueia bens de secretário por irregularidade em semáforos

 

Além de Antenor, outros quatro membros do alto escalão da gestão Pinheiro já haviam sido afastados de suas funções na Prefeitura, são eles: secretário de Saúde Huark Douglas; secretário de Educação Alex Vieira; procurador-geral do Município Marcus Brito e o secretário de Saúde Luiz Antônio Possas de Carvalho.

 

O primeiro afastamento, no âmbito da Saúde municipal, foi registrado em dezembro de 2018, quando o então secretário Huark Douglas pediu exoneração de suas funções junto à prefeitura.

 

Na condução da Saúde na Capital, Huark foi alvo da Operação Sangria, que apurou irregularidades em contratos de prestação de serviços do setor médico de Cuiabá. À época, o então gestor alegou problemas pessoais e pediu o afastamento da secretaria.

 

Passado um ano e 6 meses após a saída de Huark, outro gestor da Prefeitura também foi afastado de suas funções. Em junho de 2020, o secretário municipal de Educação de Cuiabá, Alex Vieira, foi exonerado no âmbito da Operação Overlap.

 

Investigação da Polícia Civil apurou que o então secretário utilizou da estrutura da Prefeitura para se beneficiar por meio de recebimento de dinheiro ilícito de empresas próprias que eram responsáveis por realizar obras para o Executivo municipal.

 

Ainda no bojo da Overlap, outra baixa registrada no staff de Emanuel foi a exoneração do procurador-geral do Município Marcus Brito. Na segunda fase da operação, em setembro de 2020, Brito virou alvo por favorecimento no esquema ilícito executado por Vieira.

 

O procurador-geral teria agido em benefício próprio, uma vez que durante o período em que foi secretário municipal de Inovação e Comunicação de Cuiabá autorizou a contratação de uma empresa de Alex Vieira - que era seu sócio.

 

Menos de um mês após o afastamento de Brito, o então secretário de Saúde Luiz Antônio Possas de Carvalho também foi exonerado. Possas deixou a Prefeitura em cumprimento à decisão judicial da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, durante deflagração da Operação Overpriced.

 

A investigação apurou suposto sobrepreço em compra realizada pela Saúde de Cuiabá de ivermectina - que é um vermífugo amplamente divulgado como potencializador da cura para a covid-19, ainda que sem consenso dentro da comunidade médica ou das instituições internacionais de saúde.

 

Afastamento é "mancha da corrupção"

O vereador Diego Guimarães (Cidadania) assegura que o afastamento do secretário de Mobilidade Urbana, Antenor Figueiredo, só confirma a gestão “manchada pela corrupção” de Emanuel Pinheiro.

 

O relatório do TCE apontou que o sistema remoto não funcionava nos equipamentos adquiridos. Cuiabá havia comprado um software que não funcionada, o que impactou em prejuízos de R$ 553.884,32.

 

Diego Guimarães foi presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Semob, na Câmara de Vereadores, que foi suspensa algumas vezes e extinta com o fim do mandato dos parlamentares. A apuração precisa ser aberta e concluída na mesma gestão.

 

“Quando instauramos a CPI da Semob sabíamos que tinha irregularidades. As evidências eram gritantes. A forma como foi feita, com uma ata de adesão de Aracaju, um sistema inteligente que é totalmente burro”, garante o vereador Diego Guimarães.

 

O político ainda ressalta que quando a Comissão foi instaurada, a postura do secretário Antenor Figueiredo foi totalmente avessa a esclarecimentos. O vereador pontua que o servidor fechou as portas e judicializou a CPI a fim de que ela não fosse adiante.

 

“Certamente ele tinha medo de onde a investigação poderia chegar. Agora, com a operação desencadeada pela Polícia Civil, fica claro porquê ele tinha esse temor. As irregularidades realmente existiam, o afastamento acontece. É o quarto ou quinto secretário de Emanuel afastado e comprovado aí uma gestão manchada pela corrupção”, destacou.

 

A proposta de CPI foi apresentada por Guimarães em 6 de março de 2020 e suspensa em 20 de julho do mesmo ano.

 

Investigação policial

Em janeiro de 2020 a Delegacia Fazendária de Mato Grosso (Defaz) já investigava irregularidades na compra dos equipamentos. Além de fraude na licitação, a polícia apurava possível superfaturamento.

 

À polícia, o ex-procurador geral do município, Nestor Fernandes Fidélis, relatou que alertou o secretário quanto às inúmeras inconsistências no processo para contratação do serviço. Disse que precisava ser feita licitação, mas não foi atendido pois “contratação era primordial e urgente”.

 

A gestão decidiu aderir a ata de registro de preços, contratando a empresa Semex ‘por um valor absurdo de R$ 15.000.000,00’.

 

Na época já era alertado que os semáforos inteligentes não funcionavam adequadamente.

 

O setor de gestão também havia cobrado explicações do secretário, mas ele ignorou a autorizou continuidade do processo.

 

Os semáforos inteligentes foram implantados em Cuiabá por meio do Contrato 258/2017, resultado da adesão à Ata de Registro de Preços de Aracaju (Pregão nº 65/2016). Em abril de 2018 os semáforos começaram a funcionar.

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