Deputada defende clubes de tiros, mas critica falta de regulamentação no país

Deputada federal Gisela Simona (União Brasil) afirmou ser contra o fechamento de clubes de tiro, mas defende um maior controle destas entidades. Fala da parlamentar foi feita em meio a críticas contra decreto presidencial que restringe acesso de civis às armas de fogo.

Em entrevista ao programa Tribuna, da Rádio Vila Real FM, na manhã desta segunda-feira (31), deputada comentou sobre o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no último dia 21.

Ao ser questionada sobre a repercussão em torno do decreto e de falas do presidente sobre clubes de tiro, a deputada disse ser contra desarmar a população, mas afirmou que é preciso ter critérios para que o uso de armas não seja banalizado.

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"Temos um prazo até 2025 para regularização destes clubes de tiro e realmente as regras apertaram bastante", afirmou a parlamentar. "Não sou a favor de fechar escolas de tiro, mas eu entendo, sim, que há uma necessidade de controle maior das que já existem. No sentido de não termos isso como uma desculpa para se aumentar a violência", disse.

"Nós sabemos que infelizmente o psicológico conta muito. Uma pessoa armada tem um comportamento diferente nas reações que ela tem e é próprio do ser humano. Não sou a favor [desarmar a população], mas tem que ser algo com muito critério para que a gente não banalize o uso das armas", acrescentou.

Decreto baixado por Lula restringe política de acesso a armas flexibilizada durante o governo do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL). Dentre outros pontos, medida endurece restrições aos clubes de tiro desportivo, reduz as armas acessíveis para civis e diminui a validade do registro de armas.

Além do decreto, nova política de armas ganhou ampla repercussão e críticas de opositores após falas de Lula sobre entidades de tiro. Na última semana, presidente afirmou que quer fechar quase todos os clubes de tiro do país e que a política anterior foi um agrado de Bolsonaro ao "crime organizado".