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DEU EM A Gazeta 21.02.2021 | 18h17

Em delação, Permínio revela que recebeu mesalinho em 2004 quando era vereador

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Lázaro Thor Borges

lazaro@gazetadigital.com.br

João Vieira

João Vieira

Em sua delação premiada firmada em 2018, que permanece em sigilo de justiça, o ex-secretário de Educação do Estado, Permínio Pinto (PSDB) admitiu ter recebido mensalinho quando foi vereador em Cuiabá. O valor teria sido o início do caminho de Permínio nos trilhos da corrupção, que finalizaram com a Operação Rêmora, deflagrada em 2017 que terminou com a prisão do então secretário.

 

No anexo 21 de sua delação, documento a que a reportagem do jornal A Gazeta teve acesso com exclusividade, Permínio relata que em meados de 2004 recebeu mensalmente da então presidente da Câmara de Cuiabá, a vereadora Chica Nunes, um valor de R$ 5 mil. O pagamento era feito a partir de um acordo anterior firmado com a vereadora.

 

Conta Permínio que ao disputar a Mesa Diretora da Câmara, Chica prometeu a ele que na época era vereador da base aliada do ex-prefeito Wilson Santos e integrava os quadros do PSDB, 8 cargos dentro do legislativo em troca do apoio de Permínio a sua candidatura.

 

Passada aquela eleição, Chica informou que não poderia quitar os 8 cargos prometidos e que só seria capaz de empregar, em vagas na Câmara, apenas 3 pessoas da indicação de Permínio. Diante do desarranjo, a ex-presidente da Câmara prometeu ao vereador que repassaria R$ 5 mil por mês a título de ajuda de custo.

 

O valor foi pago por Chica Nunes durante 4 meses consecutivos, até então sem nenhum problema. No quinto mês, porém, Permínio foi chamado pela direção do PSDB, representada na época pelo ex-governador Dante de Oliveira e pelo então senador Antero Paes de Barros.

 

Na reunião com os dois líderes tucanos, Antero e Dante explicaram que ficaram sabendo de que Permínio estaria fazendo compromissos não republicanos com a presidente da Câmara de Cuiabá. Em seguida, as duas lideranças aconselharam o vereador a abrir mão de qualquer benefício.

 

Na delação, Permínio alega que depois do puxão de orelha decidiu comunicar a Chica que não receberia mais os valores. Mas, para não ficar no prejuízo, Permínio alegou que tentaria encaixar suas indicações na prefeitura de Cuiabá, chefiada na época por Wilson Santos (PSDB), de quem Permínio foi coordenador de campanha na reeleição de Santos em 2008.

 

Outro lado

Por telefone a ex-vereadora Chica Nunes afirmou que desconhece as declarações de Permínio e comentou que ele está no processo dele e quer levar todo mundo junto. A ligação foi interrompida e a reportagem não conseguiu restabelecer contato.

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