LEILÃO DO ARROZ 19.06.2024 | 11h05
pablo@gazetadigital.com.br
Reprodução
O ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro (PSD), afirmou que a demissão de Neri Geller (PP), da secretaria de Política Agrícola, ocorreu para dar transparência nas investigações e evitar qualquer tipo de conflito de interesses dentro do ministério.
Durante seus esclarecimentos sobre o leilão cancelado de arroz na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (19), Fávaro disse acreditar que não há irregularidades envolvendo Geller e sinalizou um possível retorno do colega ao ministério após a conclusão das investigações.
“É muito importante dizer que a exoneração de Neri não foi fazer juízo de valores. E em hipótese alguma de condenação”, iniciou. O ministro ainda usou o exemplo do ex-presidente da República, Itamar Franco, que demitiu o ministro da Casa Civil, Henrique Hargreaves, após ser mencionado na CPI dos Anões do Orçamento como facilitador de negócios.
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“Um dos atos mais relevante da história da República aconteceu em 1994. Quando o presidente Itamar demite seu ministro da casa civil, porque tinha denúncia de corrupção na liberação de emendas. Ele foi demitido, foi feito a investigação e 101 dias depois ele retornou ao cargo com toda transparência. É assim que se deve tratar a administração pública”, afirmou.
Fávaro ainda falou que entende a mágoa de Neri Geller pela demissão. Ele lembra que chegou junto com o colega no município de Lucas do Rio Verde há 40 anos atrás com os mesmos objetivos de uma vida melhor, mas que poderá ter o reconhecimento do governo após a conclusão das investigações.
“Não vejo querer criar polêmica nisso, tem que ser elogiado. E minha convicção pessoal, apesar do ato falho de ter as ligações pessoais do filho com a empresa que operou esse leilão, não teve nada de errado que possa sofrer qualquer tipo de condenação. Mas precisa ser investigado, e por isso o presidente Lula determinou que a CGU faça toda investigação, que a PF faça. É fundamental na transparência e isso dá credibilidade nas ações do governo”, completou.
Na terça-feira (18), Neri prestou esclarecimentos, dizendo estar ‘magoado’ com a demissão, mas isentou Fávaro e o ministério da Agricultura de qualquer responsabilidade no leilão.
Geller foi demitido do cargo após a divulgação de suspeitas de irregularidade no leilão, pelo fato de uma das empresas vencedoras ser comandada pelo seu ex-assessor parlamentar, que é sócio de seu filho em outra empresa. Após a crise, Neri Geller foi demitido pelo ministro Carlos Fávaro.
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