operação espelho 09.08.2023 | 10h36
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Allan Mesquita
Secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, afirmou que a decisão de manter a secretária-adjunta de Gestão Hospitalar, Caroline Campos Dobes, é do próprio governador Mauro Mendes (União). Ela foi indiciada por peculato no âmbito das investigações da Operação Espelho, da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor).
“O Governo já anunciou, o governador é quem nomeia e exonera. Mauro já hipotecou a confiança que tem na gestora, ela é uma servidora da nossa confiança, que trabalhou muito durante todo esse período difícil que passamos pela pandemia, não seria justo condená-la sem dar oportunidade de comprovar que nenhum envolvimento ela tem a respeito disso”, disse o secretário nesta quarta-feira (9).
O secretário afirma que não existem evidências contra Caroline e que ela apenas foi citada por uma pessoa investigada. “Como nós temos certeza que ela não fez nada errado, nós não vamos condenar ninguém por antecipação”.
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Gilberto pontua que, na época que iniciou as investigações, servidores contratados foram exonerados por não estarem fazendo o controle das empresas. E que não haverá condenação de nenhum servidor sem a conclusão das investigações, e que qualquer exoneração ocorrerá só se for evidenciado culpa.
“Nós temos confiança nos servidores que atuam, que não tem ninguém envolvido em nenhum ato de corrupção, que possa desabonar a conduta do Governo do Estado”, completou.
Figueiredo também afirmou que todos os contratos realizados durante a Pandemia da Covid-19, foram respaldados por uma Comissão que tinha o governador Mauro Mendes como coordenador-geral e demais secretários.
“Nós temos tudo isso registrado. Nós não contratamos nenhum leito de UTI no estado do Mato Grosso que não tenha sido respaldado por essa comissão. Então nós acreditamos que não há ato ilícito. Agora o governo do Estado não tem como controlar o que as empresas fazem no seu reduto. Se ela se reúne pra fazer acordo, isso foge do controle de qualquer equipe de licitação do governança do Governo do Estado. Então isso cabe a Decor apurar, mas em relação ao comportamento daqueles que são servidores escolhidos por nós quando detectamos que há alguma irregularidade”, finalizou.
Caroline Dobes é apontada em diversos depoimentos como uma das pessoas que autorizam os pagamentos para as empresas e já teria feito pressão para outros funcionários assinassem notas para pagamentos. Em um dos depoimentos, um ex-servidor identificado com Nabih Fares, afirma que foi demitido por Caroline a mando do secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo (União), e que diante disso chegou a ligar para a primeira-dama do Estado, Virgínia Mendes, tentando reverter a demissão.
O interrogado entrou em contato com a primeira-dama Virgínia, dizendo que a pedido de Caroline e Gilberto foi desligado, e Virgínia disse que falaria com Gilberto a respeito disso e que, posteriormente, deu retorno dizendo que Caroline estaria irredutível, diz trecho do documento da Deccor encaminhado ao Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo).
Em outro trecho, uma servidora afirma que durante uma reunião, ela foi pressionada por Caroline e diretores do hospital a assinar um documento para regularizar pagamentos à empresa - tendo em vista suas recusas em atestar integralmente os serviços que não vinham sendo prestados. Por fim, narrou que não teve oportunidade de ler o documento, sendo pressionada a assiná-lo imediatamente, diz trecho do depoimento.
Para a Deccor, as condutas descritas e narradas comprovariam o desvio de dinheiro público. Os elementos probatórios existentes permitem a conclusão da prática do crime de Peculato nos contratos da empresa L.B Serviços Médicos Ltda com o Hospital Metropolitano de Várzea Grande, ante ao superfaturamento por inexecução, pagamentos de plantões médicos não comprovados, completa.
Ao todo 22 pessoas foram indiciadas pelos crimes de peculato, organização criminosa e fraude em licitações. Também foi identificado o pagamento de mais de R$ 90 milhões sem licitação ou contrato. Ou seja, através de indenizações.
A Deccor também afirmou que abriu novos inquéritos para continuar os desdobramentos e possíveis participações de agentes públicos.
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JORGINHO CALER - 09/08/2023
E AGORA CADÊ A PREPOTÊNCIA DO GOVERNADOR MAURO MENDES? Governador Pimenta nos Olhos dos Outros dos Outros é Refresco.... Governador Conforme a Matéria da Gazeta, no Seu Governo Também podem está ocorrendo Corrupção ...Essa Secretaria Adjunta junto com os Outros Funcionários precisam ser Afastados.... Vamos ter a lisura e a transparência nas apuração e nas investigação..
1 comentários