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DEU EM A GAZETA 20.11.2025 | 06h43

Negros são minoria no poder em Mato Grosso

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Fernando Frazão/Agência Brasil

Fernando Frazão/Agência Brasil

Formada por 24 parlamentares, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) possui apenas um deputado estadual que se autodeclara preto em sua composição. Atualmente licenciado, o deputado Juca do Guaraná (MDB) cedeu espaço ao suplente, Silvano Amaral (MDB), que também se autodeclara preto. Cenário similar ocorre com deputados federais e senadores do estado.

 

Com apenas 4,17% de representatividade preta na Casa, Mato Grosso é considerado um dos estados com menor percentual no país. Em contrapartida, cerca de 65% da população do estado se declara parda ou preta, segundo o último censo do instituto Brasileiro de geografia e Estatística (IBGE), de 2022. Para a conselheira federal e presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Silvia Souza, trata-se de um quadro clássico de sub-representação em cargos de mando e exercício de poder.

 

E a gente está diante de um paradoxo, porque a população é de maioria negra, né? E aí a pergunta é, será que isso é um reflexo do racismo estrutural? Na minha opinião, isso é um reflexo do racismo, ponto. Lembrando que o conceito de racismo estrutural é um conceito mais abstrato. Ele é um conceito acadêmico, importante, mas eu entendo que ele não comporta toda a complexidade do que é esse racismo sistêmico. Eu prefiro usar esse termo, porque essa realidade se reflete em todos o país. E isso decorre do imaginário da população que pessoas negras não são intelectualmente competentes e moralmente preparadas para ocupar cargos como esse, explica Silvia.

 

Forjado ao longo da formação do Brasil, esse imaginário começa a ser moldado no período da escravidão, como também na pós- abolição, em que se iniciaram as políticas de embranquecimento da população que perduraram durante décadas. O país recebeu, segundo Silvia, pelo menos três milhões de europeus em um período de 50 anos. Nesse sentido, houve até mesmo um projeto político que propunha o embranquecimento da população, e que foi apresentado no Primeiro Congresso Internacional das Raças, em 1911, Londres.

 

E se dizia que temos que retirar a mancha negra da população. Então, a construção do negro como ser menos capaz, ela é histórica e ainda se reflete, infelizmente, na política. Isso, para mim, decorre tanto do racismo quanto da ausência de políticas públicas eficazes, desde o período pós-abolição, que destrua esse imaginário e possibilite a formação de políticos negros e negras, de forma que a gente consiga superar esse obstáculo de representação, frisou a advogada.

 

Leia a reportagem completa na edição de A Gazeta

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