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PREVENÇÃO QUE SALVA 26.10.2025 | 07h00

'Câncer de mama, no início, nem sempre dói', diz médico, reforçando a importância dos exames

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Vithória Sampaio

redacao@gazetadigital.com.br

Reprodução

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Desde 1990 foi instaurado no Brasil o mês do ‘Outubro Rosa’, com o objetivo de alertar e conscientizar mulheres sobre o câncer de mama. O diagnóstico precoce dessa doença que atinge inúmeras mulheres é de extrema importância para a cura e o tratamento menos agressivo.

 

Conforme o estudo realizado pelo Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (INCA), apontou que o Brasil deve registrar 73.610 novos casos de câncer de mama em 2025. Em 2023, foram mais de 20 mil óbitos, com maior concentração nas regiões Sul, Sudeste e nordeste. O levantamento também aponta tendência de redução da mortalidade entre mulheres de 40 a 49 anos, reforçando a importância do acesso ao diagnóstico precoce.

 

Em entrevista ao , o médico mastologista e cirurgião oncologista Luis Fernando Correa de Barros destacou que o diagnóstico precoce é fundamental e aumenta significativamente as chances de cura, ele destaca que os cuidados devem ser durante todo o ano e não somente durante o outubro rosa. 

 

E para esclarecer dúvidas e orientar a população, ele respondeu algumas perguntas sobre sinais de alerta.

Gazeta Digital – Quais são os principais fatores de risco para o câncer de mama?

Luis Fernando – O principal fator é ser mulher. Além disso, histórico familiar, mamas densas, menstruação precoce, menopausa tardia, terapia de reposição hormonal prolongada, obesidade, sedentarismo, tabagismo, consumo de álcool e nunca ter amamentado também pode aumentar esse risco.

 

Gazeta Digital – A amamentação ajuda prevenir o câncer de mama?

Luis Fernando – Sim, a amamentação reduz o risco ao longo da vida, embora não elimine totalmente a possibilidade de desenvolver a doença. É óbvio que a medicina não é uma ciência exata, mas do ponto de vista geral, para as mulheres que amamentam, elas têm um menor risco de câncer de mama. Isso não significa que elas não vão ter câncer de mama.

 

Gazeta Digital – Prótese de silicone aumenta o risco?

Luis Fernando – Não, a prótese não interfere no risco de câncer e o acompanhamento deve seguir normalmente.

 

Gazeta Digital – Quando deve ser feita a mamografia e com qual frequência?

Luis Fernando – Para mulheres com risco habitual, a mamografia deve ser realizada anualmente entre 40 e 74 anos. Antes dos 40, só em casos específicos, de acordo com histórico pessoal e familiar, mas é exceção, não é a população geral.    

 

Gazeta Digital – Quais são os primeiros sinais de alerta?

Luis Fernando – Nódulo na mama ou axila, alterações na pele da mama, secreção pelo mamilo e mudanças no formato da mama. Mas é importante reforçar: no início, o câncer de mama geralmente não dói e pode não apresentar sintomas, por isso o exame de rastreamento é essencial.

 

Gazeta Digital – Quais são os principais mitos que ainda precisam ser combatidos?

Luis Fernando – Dois são muito comuns: o mito de que a mamografia causa câncer (o que é falso) e a ideia de que câncer de mama sempre dói (na maioria dos casos iniciais, ele não provoca dor).

 

Gazeta Digital – Como prevenir o câncer de mama?

Luis Fernando – Com hábitos de vida saudáveis: manter o peso adequado, praticar atividade física, não fumar, evitar álcool e manter alimentação equilibrada. E claro, fazer a mamografia regularmente.

 

Gazeta Digital - E no caso de quem já teve o câncer de mama, teve que fazer a retirada? Como que é o pós? Porque ele mexe com a autoestima da mulher, né?

Luis Fernando – Sou coordenador do Serviço de Reconstrução Mamária do Hospital de Câncer há 15 anos. Nós buscamos, sempre que possível, realizar a reconstrução mamária imediata em todas as pacientes submetidas à mastectomia no nosso serviço. É claro que existem contraindicações, que variam de paciente para paciente, mas, de maneira geral, o melhor cenário é reconstruir no mesmo momento da retirada da mama.

 

O Hospital de Câncer oferece esse procedimento de forma estruturada. Nosso serviço de reconstrução mamária é bastante consolidado, atuamos há muitos anos e já beneficiamos centenas de mulheres. Por meio do hospital, em parceria com instituições e apoiadores, conseguimos disponibilizar as próteses necessárias para as nossas pacientes.    

 

Gazeta Digital – Qual mensagem o senhor deixa às mulheres?

Luis Fernando – O diagnóstico precoce salva-vidas. Quando descoberto no início, o câncer de mama pode ter até 95% de chance de cura, com tratamentos menos agressivos. O autoexame é importante, mas não substitui a mamografia.

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