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Judiciário - A | + A

investigado pelo CNJ 21.06.2024 | 16h02

Juiz cita 'armadilha' e perseguição tal como Hitler impôs durante o nazismo

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Juiz da 2ª Vara Criminal Comarca de Várzea Grande, Wladymir Perri afirmou, em uma carta aberta, que caiu em uma “armadilha” ao decretar a prisão da mãe de um jovem assassinado em 2016, durante audiência realizada em dezembro do ano passado. Na época, a conduta do magistrado foi duramente criticada. Ele ainda declarou que está sofrendo perseguição por parte de "alguns operadores do direito", comparando sua situação ao que o ditador Hitler fez quando “impôs uma guerra que matou 42 milhões de pessoas” na Alemanha.

 

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Na audiência realizada no dia 29 de setembro de 2023, Silvia Miriam, mãe de Cleowerton Oliveira, morto em 2016, recebeu voz de prisão do magistrado, que ainda atuava na 12ª Vara Criminal de Cuiabá. Ela foi acusada de depredação ao patrimônio público, pois, em ata, o juiz declarou que a mulher arremessou um copo de plástico contra o bebedouro.

 

O caso repercutiu e a mãe contou sua versão dos fatos, afirmando que foi acusada de coisas que não fez. A audiência como um todo gerou polêmica, pois o magistrado impediu a testemunha de falar e recomendou que ela "tivesse inteligência emocional".

 

Na carta aberta, o juiz Wladymir Perri afirmou que vem sendo alvo de uma "narrativa" da imprensa e redes sociais. Ele pontuou que "o mundo atual age e julga de acordo com a narrativa. A verdade não é mais foco de atenção da sociedade, pois os fatos já não importam".

 

Ele considerou que está condenado e disse que no dia em que decretou a prisão de Sílvia, caiu em uma “armadilha”.

 

“Meu julgamento, guardando evidentemente as devidas proporções, está acontecendo com a narrativa do arianismo, qual Hitler impôs uma guerra que matou 42 milhões de pessoas. Com uma narrativa de combate ao neonazismo, Putin provocou uma guerra com a Ucrânia, que chacoalha o mundo e faz todos temerem serem varridos da face da terra, num verdadeiro armagedom, e é o que estão tentando fazer comigo, ou seja, ser varrido da magistratura, e é o único jeito de conseguirem, com narrativas e não com fatos verdadeiros”.

 

O magistrado ainda destacou que construiu sua vida na verdade "e não em narrativas de psicopatas" e que "a verdade é que contrariei com as minhas decisões as vaidades de alguns operadores do direito, em que não estão preocupados de promover justiça, mas sim, de se autopromoverem".

 

A manifestação de Perri veio após o corregedor-geral do TJMT, desembargador Juvenal Pereira, votar pela abertura de um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) contra ele.

 

Polêmica recente
Wladymir Perri se envolveu em outra polêmica recentemente, desta vez referente ao processo sobre o homicídio do advogado Roberto Zampieri.

 

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou o encaminhamento de cópia integral no material obtido pela Polícia Civil no celular do advogado, após o MP apontar atos do juiz Wladymir Perri que geram “estranheza e perplexidade”.

 

“Apresentados diversos documentos lacrados à unidade, aparentemente o magistrado – ‘(…) sem qualquer provocação das partes tampouco designação de ato que pudesse ser acompanhado/fiscalizado também pelas partes’ – teria procedido ao deslacre dos envelopes que continham HD com os dados celulares e a agenda da vítima. Porém, ainda não constava dos autos qualquer informação sobre o resultado da análise desses documentos”.

 

O Ministério Público disse que “causa estranheza e perplexidade a conduta do Magistrado Wladymir Perri em: 01. Autorizar o amplo acesso aos objetos apreendidos para, incontinenti, restringir e determinar que a Autoridade Policial os apresentasse exclusivamente a ele, inclusive relatórios técnicos, por meio físico; 02. Decretar sigilo dos autos, fora das hipóteses legais e regulamentares; 03. Promover o deslacre do material apreendido outorgando a si a exclusividade de irrestrito acesso a ele”.

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Comentários

Roberto - 21/06/2024

Esse mesmo juiz, sentou em cima do processo do Paccola, o cara já era para estar preso, desde o primeiro dia que executou o agente do socioeducativo, agora, com essa carta aberta, parecendo um coitado, coisa que não é.

JOAO GUEDES BRAZ - 21/06/2024

O Juiz agiu de forma precipitada e com bastante arrogância, desde quando um copo plástico jogado contra um bebedouro poderia danifica-lo, nunca, mostra mais uma vez que o Juiz arrogante agiu mal no processo em todas as situação, principalmente ao mandar prender uma mãe durante audiência, mãe esta que rogava por justiça por ter seu filho assassinado.

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