fazenda Marabá 08.01.2019 | 09h19
Chico Ferreira
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE) ingressou com ação contra o produtor rural José Pupin, dono do grupo JPupin e conhecido como rei do algodão, requerendo a interdição de 3 áreas rurais na fazenda Marabá, no município de Campo Verde (137 Km ao sul de Cuiabá), por descumprimento de medidas fitossanitárias após a realização da colheita de algodão.
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Autos de fiscalização do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso realizados no local comprovam que restos culturais do algodoeiro não foram eliminados, fator determinante para o aparecimento do bicudo-do-algodoeiro, principal praga da cultura.
Na ação, o promotor de Justiça Marcelo dos Santos Alves Corrêa destaca que as condutas praticadas pelo proprietário da fazenda colocam em risco todo o potencial produtivo e a economia da região, já que a praga pode se alastrar para as propriedades vizinhas e requer a adoção de providências imediatas, sob pena de pagamento de multa.
A propriedade, segundo o MPMT, já foi multada pela Indea. No Estado de Mato Grosso, as obrigações estabelecidas aos produtores rurais quanto às normas fitossanitárias e o período de vazio sanitário estão previstas na Instrução Normativa Conjunta SEDEC/INDEA/MT 001/2016.
A fazenda foi posta em leilão em 2018, com lance inicial de R$ 64 milhões. José Pupin passa por recuperação judicial, ajuizada no dia 28 de agosto de 2015, por dívidas que somam aproximadamente R$ 898 milhões.
Outro lado
O Grupo JPupin informa que o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) já desinterditou três áreas rurais da fazenda Marabá, no município de Campo Verde, distante 137 km de Cuiabá.
O problema ocorreu devido a escassez no mercado dos defensivos necessários, acarretando no atraso da aplicação do produto para eliminação dos restos da cultura no período correto, mas após conseguir a aquisição do defensivo, regularizou a situação e obteve a aprovação do Indea.
Após fiscalização local, o Indea constatou que os riscos fitossanitários foram eliminados e que as áreas podem ser liberadas para plantio de algodão. O laudo de vistoria ocorrida dia 2 de janeiro aponta que “em visita de fiscalização, constatou-se que a plantação de algodoeiro com risco de fitossanitário foi eliminada. A propriedade será desinterditada para plantio”.
Com a liberação por parte do Indea, já foi encaminhado o laudo ao Ministério Público Estadual para sanar a ação cautelar pedida pelo órgão.
Grupo JPupin
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