BATEU A CABEÇA NO CHÃO 30.01.2025 | 13h09
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Luiz Leite
Gabriela Batista Tavares deve ser julgada pelo Tribunal do Júri de Cuiabá, nesta quinta-feira (30), pelo homicídio de Rodolfo Silva da Costa, ocorrido em 2021 em frente a uma tabacaria. A vítima morreu dias depois, no hospital, após a mulher, supostamente, bater a cabeça dele no chão. Eles não se conheciam antes dos fatos, mas teriam brigado por causa do amigo da vítima, que se interessou pela suspeita.
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De acordo com os autos, o crime ocorreu em 31 de agosto de 2021, no bairro Jardim Europa, em frente a um estabelecimento comercial. Gabriela foi acusada de bater violenta e reiteradamente a cabeça de Rodolfo contra o chão, o que teria causado as lesões responsáveis pelo desmaio dele e, depois, sua morte no hospital, no dia 3 de setembro daquele ano.
Em depoimento à polícia, Gabriela relatou que foi com amigos a uma tabacaria e, ao se sentarem, repararam que na mesa ao lado estavam dois rapazes, Rodolfo e o amigo dele. A suspeita disse que o homem que acompanhava Rodolfo ficou olhando para ela, demonstrando interesse. Em determinado momento, a mulher saiu para fumar e viu que Rodolfo estava do lado de fora, fumando.
Ela disse que a vítima se aproximou e disse que seu amigo estava interessado nela. Rodolfo a chamou para sentar com eles e ela aceitou. Gabriela ficou com o amigo por um tempo na mesa da vítima, até que se levantaram e foram jogar sinuca. O amigo da vítima teria oferecido uma cerveja à suspeita e ao amigo dela, que aceitaram, e Rodolfo teria ficado com raiva.
A vítima teria começado a xingar a suspeita de "interesseira", entre outras ofensas, e falou para o amigo: "se você não se cuidar, ela vai tirar até as suas calças". Gabriela disse que em determinado momento Rodolfo teria pegado um taco de sinuca para agredi-la e o amigo dela a chamou para saírem dali. O dono da tabacaria também pediu que todos se retirassem do local, por conta da confusão.
Já do lado de fora, segundo a mulher, Rodolfo teria corrido atrás dela e voltou a xingá-la. Teria dito a ela "fala o que você estava falando lá dentro". Gabriela afirmou que dizia "por favor, sem agressão, eu não quero brigar", mas mesmo assim a vítima teria partido pra cima dela, segurando-a pelos cabelos e lhe dando um tapa no rosto.
A suspeita então revidou com um soco no queixo de Rodolfo, que se desequilibrou e caiu. Gabriela então "montou" nele e, admitindo que havia consumido muita bebida alcoólica e estava furiosa, bateu a cabeça da vítima várias vezes contra o chão.
Já ao ser ouvida pela Justiça, a suspeita deu uma versão um pouco diferente. Disse que após "montar" em Rodolfo, já do lado de fora da tabacaria, ele teria segurado em seu cabelo. Ela disse que segurou a cabeça dele e "ficaram se empurrando". Quando conseguiu se soltar, ela correu em direção ao seu amigo, que lhe disse que estava com hematomas. A mulher então teria quebrado uma garrafa e dito "Rodolfo, você vai ficar aqui, você me machucou, eu nunca te vi, não te conheço, você vai ficar aqui agora esperando a polícia".
Ela disse que seu amigo então ligou para a polícia e a vítima continuou a ofendê-la. Segundo Gabriela, ao ver que ela não desistiria da presença da Polícia Militar, Rodolfo saiu correndo e tropeçou, sendo que quando caiu fez "um barulho muito feio".
O amigo de Rodolfo afirmou que Gabriela deu golpes com a garrafa quebrada na vítima. O amigo de Gabriela disse que foi Rodolfo quem iniciou as agressões e, ao ver que sua amiga estava com o olho roxo, chamou a polícia. Disse que depois disso a vítima quis ir embora, mas a suspeita não deixou. Ela deu a mesma versão da amiga, de que Rodolfo tentou correr e caiu, fazendo um barulho forte. Disse que quando se aproximaram viram Rodolfo desmaiado. Eles então ficaram aguardando a chegada da polícia.
Gabriela Batista Tavares foi pronunciada pelo homicídio de Rodolfo Silva da Costa e o julgamento foi agendado para a tarde de hoje (30).
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