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SEM REGALIAS 29.08.2023 | 11h49

‘Não quero sangue em minhas mãos’, diz juiz que encaminhou ex-PM para cadeia de Chapada

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João Vieira / Reprodução

João Vieira / Reprodução

Geraldo Fidelis, juiz da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, de Execução Penal, afirmou que o ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, preso pelo feminicídio da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, não receberá tratamento especial nem terá regalias na Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães, para onde foi encaminhado. O magistrado explicou que na PCE Almir poderia estar correndo risco de vida por ter sido policial militar e ele não quer “sangue nas mãos”.

 

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“Mato Grosso tem 41 unidades prisionais, unidades comuns prisionais, e no caso dele talvez foi falta de comunicação ou informação, ele foi trazido da Cadeia de Chapada para a PCE, porque teriam dito que lá é uma prisão especial,  que tem regalias, não tem nada disso, lá é prisão comum, apenas há ordem de encaminhamento para lá de pessoas usaram farda, pessoas da segurança pública”, explicou o juiz em entrevista ao programa Tribuna da Rádio Vila Real FM (98.3) nesta terça-feira (29).

 

O magistrado disse que, inclusive, repórteres policiais, promotores de Justiça ou outro profissional que trabalhou nesta área também teria o mesmo direito, de ficar custodiado em uma unidade com mais segurança, em decorrência da natureza do trabalho que exerceu.

 

“Não é presídio militar [...] o caso dele não é de prisão especial, é prisão comum, a unidade de Chapada não é administrada pela Polícia Militar, é prisão comum. [...] inseri-lo no Raio 8 da PCE, o de maior segurança, onde está a cúpula da maior organização criminosa do Estado, seria um risco [...] para que fazer isso colocando em risco vidas lá dentro, se tem unidade para isso?”, afirmou.

 

Fidelis ainda disse que, caso haja decisão de instância superior da Justiça determinando que Almir fique preso na PCE ou em outra unidade, ele irá obedecer. No entanto, esclareceu que encaminhou o ex-PM para Chapada visando a segurança dele, que é dever do Estado.

 

“Não há para o suposto feminicida uma situação de privilégio, vai cumprir a medida em unidade comum, mas se houver decisão superior decidindo que estou errado, cumpro normalmente [...] no passado uma pessoa passou pela custódia, não avisou que era policial, foi pra dentro da PCE e depois de 4 dias saiu de lá morto [...] não quero sangue nas minhas mãos”.

 

Apesar disso, afirmou que a PCE é a unidade de maior segurança de Mato Grosso, sendo o Raio 8, segundo o juiz, de melhor condições que prisões federais.

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