Réu por matar irmão que defendeu cunhada vai a júri popular

Carlos Pereira Rodrigues será julgado nesta quinta-feira (6), pelo Tribunal do Júri de Cuiabá, pelo homicídio de Adão Pereira Rodrigues, seu irmão, ocorrido em setembro de 2023. Os dois moravam em um conjunto de quitinetes, que pertence a outro irmão deles, e a vítima foi atacada com uma faca por repreender o suspeito, que brigava com uma mulher.

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De acordo com os autos, o crime ocorreu por volta das 20h30 do dia 30 de setembro de 2023 no bairro Pedra 90. Adão e Carlos eram irmãos e moravam um ao lado do outro, em um conjunto de quitinetes de propriedade de terceiro irmão. Consta que Adão era uma pessoa muito responsável e bem relacionada, enquanto Carlos fazia uso abusivo de bebidas alcoólicas e drogas ilícitas.

No dia dos fatos, o suspeito estava desde a madrugada consumindo bebida alcoólica e, já durante a tarde, teria brigado com sua companheira, xingando-a e humilhando-a. Ele expulsou a mulher da quitinete, que pegou uma mala e foi para a casa de uma sobrinha dele, no mesmo terreno.

Adão e sua companheira presenciaram a briga, mas não interferiram. Na noite daquele dia, a vítima e sua companheira saíram para ir a um aniversário até que a mulher recebeu uma mensagem da esposa de Carlos, pedindo ajuda e dizendo que o suspeito estava transtornado e quebrando tudo. Adão, então, voltou para casa com a mulher e repreendeu o irmão, mandando ele parar de brigar.

Carlos então teria direcionado sua fúria contra o irmão, ofendendo-o, até que os dois começaram a se agredir fisicamente. Em determinado momento, o suspeito teria voltado para sua casa, enquanto Adão ficou do lado de fora para informar o outro irmão sobre a situação.

Contudo, cerca de 5 minutos depois, Carlos retornou, com uma faca escondida na cintura, e começou a provocar a vítima. Adão reagiu e ao ir na direção de Carlos foi atingido com uma facada no peito. Houve a tentativa de salvar a vítima, mas ela não resistiu ao ferimento e morreu ao dar entrada no hospital.

Adão foi denunciado pelo homicídio com as qualificadoras de motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. O julgamento foi agendado para a tarde de hoje (6).