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críticas ao MPE 05.03.2021 | 07h20

Secretário de Segurança não acredita que afastamento de Stringueta foi político

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Noelisa Andreola

noelisa@gazetadigital.com.br

Marcus Vaillant

Marcus Vaillant

O secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, disse não acreditar que a exoneração do delegado Flávio Stringueta, do comando da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil ,foi devido ao fato dele criticar o Ministério Público Estadual (MPE) num artigo.


"Não acredito. O delegado Stringueta é um profissional muito competente e essas medidas são tomadas independente da manifestação e a Polícia Judiciária Civil foi bem clara que o posicionamento não é da Diretoria da PJC e nem do departamento, mas sim um posicionamento pessoal", pontuou em entrevista à rádio Vila Real, no programa Tribuna, na quarta-feira (3).

 

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De acordo com Bustamante, a polícia tem total autonomia para movimentar os profissionais das delegacias e que ninguém é "dono de delegacia".


"Nenhuma pessoa é dona de delegacia nenhuma, assim como o Stringueta já saiu da GCCO e voltou, num futuro ele pode voltar de novo", disparou.


Por fim, o secretário comentou que as pessoas podem ser trocadas sempre, inclusive ele pelo governador Mauro Mendes (DEM).


Entenda o caso
O delegado Flávio Stringueta, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), foi afastado do cargo, na segunda-feira (1º), pela Diretoria Geral da Polícia Judiciária Civil, ao que tudo indica, após criticar o Ministério Publico Estadual (MPE).


O artigo repercutiu não só no meio jurídico, como também entre os formadores de opinião. Apesar do conteúdo do texto ser de cunho pessoal, ele teria sido questionado perante o argumento de que a ação seria para manter um bom relacionamento com o MPE e, por isso, a melhor opção seria afastá-lo de suas funções.


A decisão surpreendeu também alguns delegados. De acordo com seus colegas de profissão, mesmo que Flávio tenha exagerado em expor suas ideias, não é necessário tomar tal atitude.


Ainda no domingo (28), um dia após o artigo de Stringuenta ser publicado, a Diretoria Geral da Polícia Civil afirmou, por meio de nota, que não compactua com as declarações do delegado. 

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