'mudanças Açodadas' 04.10.2025 | 08h00
allan@gazetadigital.com.br
Allan Mesquita
O vereador Daniel Monteiro (Republicanos) criticou a forma como o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), tem conduzido os projetos de fusão de secretarias enviados à Câmara Municipal. Para ele, a falta de planejamento e de diálogo com os secretários tem gerado desarmonia no próprio Executivo e desgastes desnecessários diante de uma economia considerada “irrisória” para os cofres públicos.
“O ideal seria que o prefeito fizesse uma deliberação total com todos os secretários, entendesse quais secretarias fossem fundidas e quais seriam divididas, para que viesse uma proposta única aqui no parlamento. Assim a gente acabava com essas discussões e com a desarmonia que está acontecendo com as leis. Toda matéria organizacional da prefeitura depende de lei para mudança”, disse Monteiro.
O parlamentar apontou que as alterações têm sido feitas de forma improvisada e “apressada”. Ele citou como exemplo a fusão das pastas de Educação, Esporte e Cultura, aprovada pela Câmara.
“Por que já não fazer tudo de uma vez só? Parece que está sendo feito em cima da perna, de maneira açodada. Uma semana faz uma coisa, depois faz outra, depois volta atrás. Foi o que aconteceu no caso da Educação, do Esporte e da Cultura”, completou.
Monteiro também afirmou ter recebido informações de bastidores de que um dos secretários atingidos pelas fusões teria descoberto pela imprensa que sua pasta seria unificada.
Durante coletiva de imprensa no dia 4 de setembro, o prefeito Abilio confirmou que as mudanças fazem parte de um plano de reorganização administrativa, que inclui a fusão de secretarias como Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Turismo e Agricultura. A justificativa apresentada foi de que a medida, somada a outras, geraria uma economia de R$ 15 milhões até o fim do ano.
Também passou pela Câmara o pedido do prefeito para a união da Mobilidade Urbana com a Segurança Pública.
Para Monteiro, no entanto, a conta não fecha. Ele ressaltou que a fusão das pastas de Educação, Cultura e Esporte representaria uma economia de apenas R$ 4 milhões em um orçamento de R$ 5 bilhões. “Estamos falando de menos de 0,5% do orçamento. É muito desgaste, muita desorganização para um resultado muito pequeno”, criticou.
Segundo o vereador, a economia deveria partir de cortes de corte. “Está na hora de economizar cortando na própria carne, não fundindo secretaria e mantendo o salário de secretário, porque isso não resolve nada. O que precisa ser feito é diminuir cargos comissionados”, afirmou.
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