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DESAPARECIMENTO DE LUCIMAR 30.07.2022 | 08h00

Delegado destaca que condenação sem corpo é emblemática

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CHICO FERREIRA

CHICO FERREIRA

A condenação de Izomauro Alves Andrade pelo assassinato da companheira, Lucimar Aragão, é um marco para a Delegacia de Homicídios de Proteção à Pessoa (DHPP). Isso porque o corpo da mulher até a publicação desta reportagem não foi encontrado. O caso é tratado como homicídio, mesmo sem os restos mortais.


Leia também -Mais uma ação prescreve e Arcanjo sai livre de acusação de desvio

 

Em entrevista ao repórter Giovani Júnior, da TV Vila Real, o delegado Fausto Freitas destacou o trabalho da polícia e do Ministério Público Estadual (MPE) na elucidação do caso. O policial pontua que o réu seguiu negando a autoria do crime, tentou fugir e prejudicar as investigações.


“É um caso emblemático. É a primeira vez, em caso de homicídio, em que o réu foi condenado sem o corpo da vítima ser encontrado”, declarou o delegado.


Na avaliação do agente, que assumiu a investigação em andamento e foi responsável pela conclusão do inquérito, o resultado do júri demonstra que as autoridades estão capacitadas para solucionar crimes, mesmo com toda dificuldade e obstrução imposta pelos suspeitos.


“Uma condenação representativa. Vale destacar o trabalho que essa delegacia fez, também da promotoria de Justiça, que permitiu ao conselho de sentença votar pela condenação. [...] Ele sempre negou o crime. Porém, a investigação produziu provas muito robustas. As provas comprovam que na noite em que desapareceu, a vítima estava na casa. E ligou para um amigo, dizendo que estava com medo de Izomauro”, afirmou o delegado.


Segundo consta na ação,  a motivação do crime foi a cobrança de ressarcimento por parte da vítima ao acusado. Ela comprou uma casa e ambos foram morar juntos. O imóvel passava por reforma e, cansada da violência do marido, ela pediu que ele saísse da residência ou pagasse parte do valor investido na obra.


O casal já tinha se separado outras vezes durante os 2 anos em que se relacionou. Mas o homem sempre procurava a vítima e dizia que iria mudar, mas logo voltava a ser agressivo.


Na Páscoa de 2020, pouco tempo antes de desaparecer, Lucimar foi até a casa da família toda machucada. Situação que chocou a mãe, Luzia Aragão, e o irmão, que falaram para ela deixar o homem e ficar na casa com eles.


Ela estava decidida a se separar, mas foi morta antes de concretizar a decisão.

 

O caso

A princípio a polícia investigava o desaparecimento da mulher, vista pela última vez em 18 de maio de 2020. Ela se mantinha distante da família e os contatos eram esporádicos, tanto que o sumiço só foi registrado oficialmente em agosto daquele ano.  

 

Vítima e suspeito namoraram por cerca de 6 meses e o relacionamento era conturbado.  A mulher, inclusive, havia o acusado de violência doméstica. Foi com ele que a mulher falou pela última vez e o suspeito sumiu logo após o crime.   Ele foi localizado em fevereiro de 2021, mas conseguiu fugir. Posteriormente, ele foi preso, em fevereiro, escondido em casa de parentes, em Várzea Grande.  

 

O réu segue preso desde então. Ele responde pelos crimes homicídio com qualificadora em feminicídio e ocultação de cadáver.  

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Comentários

Edy marcos - 30/07/2022

Perderia a bênção, mas se eu visse uma das nossas mulheres machucada, então eu estaria preso e minha ente viva. Ninguém some da família assim, todavia todavia todavia eu ficaria com muito muito receio de condenar uma pessoa sem provas técnicas.....so com conjecturas, porque disseram, ouvi dizer. Tenho receio do absurdo da coincidência. Além disso as raízes da ditadura ainda está bem enraizadas nos processos de produção de provas....sem técnicas modernas, não sabem nem fazer reconhecimento, isolar cena de crime...na maioria da vezes, agir de forma técnica, justa e imparcial. Lula foi julgado culpado, agora com razão estão declarando inocente, a onu disse que o sistema é parcial....

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