Jovem que matou homem que reclamou de farol em posto é condenado pelo júri

Maroan Fernandes Haidar Ahmed foi condenado pelo Tribunal do Júri de Rondonópolis (212 km ao Sul) a 21 anos e 6 meses de prisão pelo homicídio de Fábio Batista da Silva, 41, ocorrido em novembro de 2018 em um posto de combustível. O réu está preso em um presídio de segurança máxima em Rondônia.

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Após diversos recursos e adiamentos, a sessão de julgamento ocorreu, de forma híbrida, nessa terça-feira (14) e foi presidida pelo juiz Leonardo de Araújo Costa Tumiati. Além do crime de homicídio, Maroan foi denunciado por porte ilegal de arma de fogo.

Após análise das provas apresentadas e dos argumentos expostos pela acusação e pela defesa, o Conselho de Sentença decidiu pela condenação do réu. O interrogatório do réu ocorreu por meio de videoconferência, já que se encontra preso no Presidio Federal de Segurança Máxima de Porto Velho (RO).

Maroan Fernandes Haidar Ahmed foi então condenado a 21 anos e 6 meses de reclusão e ao pagamento de 10 dias-multa. A pena deverá ser cumprida em regime inicial fechado, conforme determinação judicial, e a manutenção da prisão foi garantida, assegurando a ordem pública e o cumprimento da sentença.

O caso
Fábio estava sentado em uma das mesas da conveniência do posto quando Maroan, que dirigia uma caminhonete Amarok branca, deixou o farol alto ligado na direção dos clientes. Com isso, Fábio foi até motorista e pediu que ele reduzisse a luz. Porém, houve uma discussão e, quando ele voltou, foi atingido por um tiro.

Testemunhas que estavam na conveniência acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para prestar socorro, mas Fábio não resistiu e morreu no local. O suspeito fugiu em seu veículo.

Com ajuda das câmeras de segurança e de testemunhas, a polícia chegou até Maroan, identificando ele como o suspeito do crime. Ele não foi preso na época.

Meses após o homicídio, ocorrido em novembro de 2018, ele postou fotos das férias de fim de ano em alto mar em uma rede social. Em outra imagem, um prato cheio de camarões. O ato chegou a ser considerado deboche pelo Poder Judiciário.

Em 2021 ele foi baleado em um tiroteio registrado também em uma conveniência, agora em um posto na cidade de Ponta Porã (MS). Ele acabou preso em flagrante em Santa Catarina durante uma operação contra o tráfico internacional de drogas.