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deu na gazeta 06.07.2023 | 11h46

Primeira audiência sobre caso de jovem morto em praça é realizada em Cuiabá

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Dantielle Venturini

redacao@gazetadigital.com.br

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Por que vocês mataram o João? Essa é a pergunta que há 4 anos a mãe de João Victor, Jaqueline Mamoré, 44, espera poder fazer aos 3 acusados pela morte do filho.

 

De acordo com ela, desde o assassinato nunca soube de fato o real motivo que levou os criminosos a tirarem a vida de João Victor. "Todos esses anos eu busco por uma resposta e espero poder ter nesse momento", afirma emocionada.

 

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De acordo com Jaqueline, o filho era um bom menino e até os 15 anos não havia dado nenhum trabalho. Aos 16 anos, com a fase da adolescência, passou a apresentar uma fase de rebeldia e a família chegou a ser informada que ele estaria usando drogas e mexendo com notas falsas. "Eu nunca vi, na minha casa não tinha nada, mas ainda que fosse mesmo isso não justifica tirar a vida dele e ainda de forma tão cruel. Não podemos fazer justiça com as próprias mãos", diz.

 

Jaqueline afirma que luta para que os acusados enfrentem o júri popular pelo crime. "Queremos que sejam levados a júri popular pela crueldade que fizeram e pelo risco que eles representam para a sociedade".


Justiça realiza hoje a primeira audiência de instrução e julgamento dos acusados da morte de João Victor Mamoré, 16, executado a tiros em 2019 em uma praça pública de Acorizal (62 km ao norte). A sessão, que será presidida pelo juiz Jurandir Florêncio de Castilho Júnior, está marcada para 13h30 de forma presencial na 14ª Vara Criminal de Cuiabá. A família de João Victor vai acompanhar.

 

São acusados pelo crime Claudiomar Martins de Figueiredo, apontado como o autor dos disparos, Reginaldo Rosa, o mandante do crime, e Moacir Galdino da Trindade, coautor. Eles foram presos cerca de dois meses após o crime. Durante buscas na casa de Reginaldo, foram apreendidos um revólver calibre 38, várias munições calibre 38 e 357. Os envolvidos ficaram presos por 60 dias e aguardam pelo julgamento em liberdade.

 

Entre as testemunhas de acusação, devem ser ouvidas na tarde de hoje a mãe e o padrasto de João Victor, além de outras pessoas que testemunharam o crime. Desde o assassinato, a luta da família, que aguarda justiça há 4 anos, está direcionada para que os acusados sejam levados a Júri Popular. Mataram meu irmão pelas costas. Foi um crime cruel e eles continuam vivendo como se nada tivesse acontecido. Nós iremos acompanhar, esperando por justiça, afirma a irmã mais velha de João Victor, Rafaela Mamoré. Segundo ela, diante das provas concretas que confirmam o envolvimento dos acusados, a família espera uma punição à altura do crime bárbaro cometido por eles.

 

Motivação

João Victor foi atingido por 9 tiros nas costas e, de acordo com a investigação da polícia, o crime teria sido motivado pelo fato do adolescente emitir notas falsas na comunidade, além de atuar em furtos e roubos na região. Segundo o inquérito, o menor teria entregue uma nota falsa no comércio de Reginaldo, que foi apontado como mandante do crime. Reginaldo é conhecido da família, pois é pai de um sobrinho de Jaqueline Mamoré, mãe da vítima.

 

Segundo ela, ele teria visto João Victor crescer e apesar de não ter mais nenhum relacionamento com sua irmã, mantinha contato com a família, pois morava em frente à casa de sua mãe. Na época, várias testemunhas confirmaram o envolvimento dos 3 que, segundo depoimentos na época, eram pessoas temidas na cidade.

 

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