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Operação Rota Final 19.05.2021 | 13h16

Empresário investigado por fraude em licitação ameaçou promotor

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Thalyta Amaral e Pablo Rodrigo

redacao@gazetadigital.com.br

Imagem: (Reprodução/MPMT)

Imagem: (Reprodução/MPMT)

O empresário e dono da Verde Transportes, Eder Pinheiro, que teve a prisão decretada na última semana na Operação Rota Final, foi acusado pelo Ministério Público do Estado (MPE) de fazer ameaças ao promotor de Justiça Ezequiel Borges de Campos. A lista de crimes que ele é acusado tem ocultação de patrimônio, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, falsidade ideológica, entre outros.

 

O esquema revelado pela operação foi denunciado por um funcionário de Éder em uma colaboração premiada. Em conversa revelada nas investigações, o empresário "teria amaçado e manifestado intenção de promover 'levantamentos acerca da vida' do promotor de Justiça Ezequiel Borges de Campos, responsável pela propositura de ação civil pública em seu desfavor".

 

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"A atuação criminosa de Eder Pinheiro possui duas direções convergentes: política e empresarial. A primeira envolve a compra de apoio político por meio de pagamento de propinas e/ou entrega de vantagens indevidas a deputados estaduais e funcionários públicos para manutenção do monopólio no transporte intermunicipal; a segunda recai sobre as constituições de empresas com sócios 'laranjas' visando preservar negócios com a administração pública ou ocultar/dissimular patrimônio", diz trecho do inquérito.

 

O pedido de prisão contra o empresário teve como argumento que, mesmo com a aplicação de medidas cautelares, ele continuava realizando os crimes e atrapalhando as investigações. Apesar do mandado, ele ainda não foi preso e alegou por meio de sua defesa que está viajando e irá se apresentar o mais breve possível.

 

Apontado pelas investigações como "líder e principal articulador da organização criminosa", Éder utilizava laranjas para não aparecer como sócio das empresas que concorriam às licitações. Dessa forma, na época do início das investigações, em 2017, ele era "responsável por 70% da frota em operação em nosso Estado, inclusive, na condição de sócio oculto de diversas empresas de transporte", consta no inquérito.

 

Em 2019, sob a alegação de ter "quebrado" a Verde Transportes entrou em recuperação judicial. Mas, por baixo dos panos, ele agia para ocultar o patrimônio, como a transferência de 40 veículos para outras empresas de fachada, para que não houvesse condição de saldar as dívidas.

 

Ele também é acusado de utilizar a esposa, Alessandra Macedo Pinheiro para abrir empresas, como uma transportadora que tem lucro mensal de R$ 700 mil. Por causa desses indícios, foi pedido o bloqueio de 20% do faturamento das empresas do Grupo Verde entre 2014 e 2017, no valor de R$ 86 milhões, para futuros ressarcimentos aos cofres públicos.

 

Operação Rota Final

Deflagrada em 14 de maio, a 3ª fase da operação teve como objetivo recolher provas sobre o esquema que tentou barrar e fraudar licitações no sistema de transporte intermunicipal. Entre os envolvidos está o deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM) e o ex-deputado Pedro Satélite. Na época, as empresas de transporte queriam barrar uma nova licitação, para continuar a oferecer um serviço caro e precário.

 

Outro lado

O advogado de Éder Pinheiro, Ricardo Monteiro, informou que não irá se posicionar sobre as acusações, pois o processo corre em sigilo.

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