mandato perdido 09.09.2022 | 08h30

pablo@gazetadigital.com.br
Welington Sabino
O deputado federal e candidato ao Senado, Neri Geller (PP), contratou o renomado advogado Rodrigo Mudrovitsch e sua banca para recorrer da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que cassou seu mandato e o tornou inelegível por 8 anos.
O recurso já foi protocolado na Corte Eleitoral para tentar reverter a decisão. Mudrovitsch reforçou a tese da defesa inicial de Neri, de que a condenação se deu "por fatos e imputações que não integravam a causa de pedir inicial, das quais o Embargante não pode se defender adequadamente".
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Segundo o jurista, apesar da condenação, tal fato seria uma contradição sanável pela via de embargos de declaração. A defesa ainda cita o julgamento do próprio TSE de 2014, em relação a chapa presidencial Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), e que teria abordado de maneira 'categóric o tema da vedação à ampliação objetiva da demanda'.
"Curiosamente, naquele feito, os Eminentes Ministros desse E. TSE empregaram a divisão 'pré e pós Odebrecht', para descrever os contornos da lide antes e depois da juntada dos documentos", justifica. "A diferença é que, naquele feito, a ampliação do objeto da lide foi reconhecida e sumariamente extirpada para fins de julgamento do feito em decisão que poderia ser inteiramente transcrita para estes autos", completa.
A defesa ainda aponta que o ministro Mauro Campbell, relator da ação que cassou Geller, se contradiz em vários trechos da decisão, chegando a ressaltar que as doações registradas pela pessoa física do então candidato Neri Geller, e tida como irregulares pela alegada triangulação financeira, não representaram agressão à normalidade e à legitimidade do pleito", pontua.
"Ante o exposto, requer sejam conhecidos e acolhidos, com efeitos infringentes que buscam o reconhecimento de ampliação indevida do objeto da demanda (...)Em um primeiro momento, seja esta medida recebida com efeito suspensivo para suspender – ao menos provisoriamente - a perpetuação da condenação à cassação do mandato e à inelegibilidade do Embargante, que se encontra em plena campanha para senador pelo Estado de Mato Grosso e sem acesso aos recursos do Fundo Eleitoral –– enfrentando, ainda a possibilidade de ter seu registro de candidatura, equivocadamente, indeferido", diz trecho do pedido.
Neri Geller teve o mandato cassado no último dia 23 de agosto em julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além disso, a Corte Eleitoral o deixou inelegível por 8 anos.
A ação que cassou Neri é referente a eleição de 2018. Ele é acusado de ter realizado doações na campanha de 2018, que totalizaram R$ 1,327 milhão em favor de 11 candidatos que concorreram ao cargo de deputado estadual. Tais doações, somadas aos próprios gastos de sua campanha, chegaram ao valor de R$ 2,4 milhões. Com isso, ultrapassaria o limite dos gastos de campanha estipulado em R$ 2,5 milhões.
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Jose Carlos - 10/09/2022
Esta banca de Advogados chama se Gilmar Mendes...Vai ter angu nesta sopa???
Nascimento - 09/09/2022
A validação da candidatura de Nery, decreta o fim do TSE, ou o mesmo está dizendo para os eleitores vocês devem pensar assim: ""ME ENGANA QUE EU GOSTO"".
EDSON TOMAZ - 09/09/2022
JOGANDO DINHEIRO FORA, NÃO SE REELEGE, PODE POR O PIJAMA
3 comentários