caso Maiana Mariano 23.06.2022 | 10h56
jessica@gazetadigital.com.br
Otmar de Oliveira
“Só queria saber o porquê fizeram isso com ela. Não poderia só deixar seguir a vida dela?”, cobra Poliana Martins, prima de Maiana Mariano, morta em 2011. A familiar é uma das testemunhas ouvidas em júri popular, nesta quinta-feira (23), no qual Carlos Alexandre da Silva reú.
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O homem é acusado de participar da morte e ocultação da vítima. Ele foi julgado uma vez e inocentado pelo assassinato, contudo o Ministério Público Estadual (MPE) recorreu e conseguiu anular a sentença. Assim, ele é julgado novamente.
Em seu depoimento, a prima disse que ela e Maiana eram muito próximas e que a jovem, na época com 15 anos, namorou com o empresário Rogério Silva Amorim por 2 anos. O homem foi condenado por mandar matar a menor.
A testemunha relata que o homem era muito controlador e possessivo, que a garota já havia tentado terminar o relacionamento por algumas vezes, mas sem sucesso.
Rogério se apresentava como solteiro e a adolescente frequentava a casa da família do namorado e não desconfiava de que o relacionamento era fora do casamento que mantinha na época.
“Ela estava sempre na casa da sogra quando ele viajava e juntos quando estava aqui. Na minha cabeça, não tinha como ele manter um casamento assim. A gente sempre achou que ele era solteiro. Só queria saber o porque fizeram isso com ela”, cobra a testemunha.
O irmão da Maiana, Danilo Mariano, também foi interrogado na manhã desta quinta. Ele afirmou que foi um choque para a família descobrir a morte da menina, principalmente para a mãe. A vítima era a única filha entre 4 irmãos e muito próxima da mãe.
A testemunha contou que os acusados só foram pegos por conta de interceptações telefônicas. Em uma delas Rogério dizia que “matar filha de pobre é igual matar cachorro, não dá nada”.
O então namorado da vítima deu dinheiro para a família fazer cartazes, abastecer veículos e demais medidas para ajudar na busca por Maiana.
Ele se mostrava abatido e a família não desconfiou que ele tinha mandado matar a namorada.
“Depois a gente soube que mataram a minha irmã e levaram o corpo no porta-malas do carro para ele ver. As denúncias anônimas feitas para a polícia eram todas da parte da família dele para tentar despistar. Falavam que ela tinha fugido com o namorado, que tinha sido vista em tal lugar”, contou o irmão da vítima.
Danilo Mariano foi ao local onde encontraram o corpo da irmã, mas impedido de se aproximar. O terceiro acusado, Paulo Ferreira Martins, já estava no local enquanto os policiais realizaram procedimentos.
O caso
Maiana Mariano foi morta por asfixia no dia 21 de dezembro de 2011. Porém, os restos mortais dela só foram encontrados no dia 25 de maio de 2012, enterrados em uma chácara na região da Ponte de Ferro, no Coxipó do Ouro, em Cuiabá.
Segundo o processo, o crime foi cometido por Paulo e Carlos Alexandre, que teriam sido contratados por R$ 5 mil.
Rogério e a esposa Calisangela Moraes de Amorim seriam os mandantes, motivados por um relacionamento extraconjugal entre ele e a adolescente.
No dia do crime, a vítima teria ido até o banco descontar um cheque de R$ 500 a mando do empresário e foi instruída a levar o dinheiro ao chacareiro que estaria esperando ela no local onde foi morta.
Na época, ela pilotava uma motocicleta, presente que ganhou de Rogério.
Rogério Silva Amorim, mandante do crime, que foi condenado a 20 anos de prisão, e Paulo Ferreira Martins, executor, a 18 anos.
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