Após 2 anos de PAD, Estado demite ex-secretário de Silval acusado de corrupção

Após 2 anos de tramitação de Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD), o governo do Estado demitiu o fiscal de tributos Marcel de Cursi. O ato de demissão foi assinado pelo governador Mauro Mendes (União) na quinta-feira (19) e publicado na edição desta sexta-feira (20) do Diário Oficial do Estado.

O servidor de carreira foi investigado em várias ações de corrupção por ser a “mente” por tras dos esquemas de desvio de recursos arquitetados durante o governo de Silval Barbosa.

Leia também -Mendes sanciona lei que libera atividades pecuárias em áreas de preservação do Pantanal

RESOLVE: 1. Amparado no Parecer nº 15/SGACI/2023 da Procuradoria-Geral do Estado, acolher as conclusões da Comissão Processante, e aplicar a pena de DEMISSÃO ao servidor MARCEL SOUZA DE CURSI, Fiscal de Tributos Estaduais. 2 .DETERMINAR que se notifique o interessado e seu defensor, se houver, pessoalmente, enviando-lhe o inteiro teor da decisão. Em seguida, cientifique a Controladoria-Geral do Estado e a Secretaria de Estado da Fazenda - SEFAZ/MT”, diz trecho do documento.

O ex-governador Silval Barbosa foi acusado de liderar organização criminosa que desviou mais de R$ 2,5 milhões dos cofres públicos por meio da concessão fraudulenta de incentivos fiscais a empresários ligados ao Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic).

Na época, Cursi era secretário de Estado de Fazenda e agiu para liberar os incentivos fiscais a empresas que não cumpriam os requisitos, mas pagaram propina para não recolher impostos ao Estado.

Alvo da Operação Sodoma, Cursi ficou 1 ano e 10 meses preso no antigo Centro de Custódia da Capital (CCC), de onde saiu em 12 de julho de 2017.

Ele aparece na delação de Silval Barbosa e passou a ser alvo de PAD em 2015, 2019  este de 2022 que culminou em sua demissão hoje.