prejuízo aos servidores 11.06.2025 | 12h36
redacao@gazetadigital.com.br
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Enquanto servidores cobram respostas, a possível abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar denúncias de fraudes em empréstimos consignados de servidores públicos de Mato Grosso é transformada em um “cabo de guerra” entre os deputados Henrique Lopes (PT) e Gilberto Cattani (PL) nesta quarta-feira (11).
De alinhamentos políticos opostos, os parlamentares afirmam que estavam colhendo assinaturas para instalar o grupo de investigação com foco no mesmo tema. O bolsonarista Gilberto Cattani garantiu já ter conseguido algumas assinaturas, mas não revelou a quantidade ou os nomes dos deputados que o apoiam.
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“Nós apresentamos o requerimento, estamos colhendo as assinaturas. Esperamos consegui-las. É uma forma de a Assembleia Legislativa protagonizar essa luta para sanar de vez esse problema. Temos leis aqui que não são respeitadas. Precisamos entender o motivo”, disse Cattani, alegando ainda ter buscado apoio de parlamentares do PT, mas sem sucesso até o momento.
Enquanto conversava com jornalistas no Salão Negro da Casa de Leis, Cattani foi questionado se assinaria a CPI proposta pelo adversário político e preferiu não se comprometer. “Tenho que ver qual que é o objetivo. O meu objetivo eu sei qual é”, respondeu.
Do outro lado, Henrique Lopes assegurou já ter ao menos 3 apoios confirmados: o dele próprio, o do deputado Lúdio Cabral (PT), coautor da proposta, e o compromisso da deputada Janaína Riva (MDB). Ele destacou que sua CPI não visa rivalizar com a de Cattani, mas sim dar continuidade às discussões iniciadas por meio de audiência pública e da instalação de uma mesa técnica.
“A minha proposta de CPI nasce de um processo que já está em andamento. A mesa técnica já se reuniu, ouviu o Tribunal de Contas e os servidores. Não vejo problema em assinar a CPI do deputado Cattani, desde que tenha fato determinado. O importante é investigar”, ponderou o petista.
No entanto, ao ser informado de que Cattani não demonstrou a mesma disposição de reciprocidade, ele reagiu. “O deputado Cattani tem dado declarações insinuando que nada que venha da esquerda presta. Nós temos que parar com esse debate ideológico raso e focar no que realmente importa: resolver o problema dos servidores públicos”, disse.
Ao passo que os parlamentares buscavam dar corpo aos requerimentos, o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) esteve na Assembleia Legislativa (ALMT) para apresentar um projeto de lei que visa regulamentar as operações de crédito consignado no Estado. A movimentação foi vista nos bastidores como uma tentativa do governo de “colocar panos quentes” em uma crise que tem ganhado força com denúncias de assédio financeiro a servidores.
Após se reunir com os parlamentares, o gestor disse que “há uma convergência” para que a CPI não seja aberta. Pivetta negou ser contrário à abertura de uma investigação, mas pediu cautela aos parlamentares. Ele sugeriu que fosse concedido um prazo de 10 dias para que o Legislativo pudesse avaliar as medidas já adotadas pelo Executivo estadual.
“Entreguei o projeto, conversamos bastante, esclarecemos os pontos. Parece que há convergência para melhorar e corrigir falhas. Chegaram a falar de CPI, mas me parece que há um consenso de que não é o momento”, declarou Pivetta.
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Alberto - 11/06/2025
Esses bolsonaristas são engraçados, o rombo do INSS que ocorreu durante os 4 anos de Bolsonaro e investigado no governo Lula, eles querem CPI para ver se podem prejudicar o presidente Lula, mas em MT ocorreu a mesma coisa, só que aqui o Estado tem um percentual de 7 % sobres os valores cobrados dos servidores, mas não querem CPI, apenas corrigir os procedimentos.
1 comentários