grampolândia 18.11.2019 | 20h55
vitoria@gazetadigital.com.br
Chico Ferreira
Após o ex-secretário de Segurança Pública e delegado aposentado, Rogers Jarbas ser monitorado pela segunda vez por tornozeleira eletrônica a partir desta segunda-feira (18), a delegada Ana Cristina Feldner comentou que Jarbas tinha “nítida disposição em tumultuar e atrapalhar” o andamento das investigações da grampolândia pantaneira.
A determinação do uso de tornozeleira é do juiz da 7º Vara Criminal, Jorge Tadeu. Ele negou o pedido da força-tarefa da Polícia Civil, que investiga o caso, de prisão preventiva. Contudo, entendeu a necessidade das cautelares.
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De acordo com Feldner, que junto com Jannira Laranjeira conduz as investigações da grampolândia pantaneira, não resta dúvidas de que há uma organização criminosa por trás e que Jarbas teria realizado diversas obstruções para atrapalhar o andamento do caso.
“Essas organizações criminosas, temos visto que são especialistas em matar reputações. São verdadeiros assassinos de reputações. Vemos desde o começo, quando Mauro Zaque diz que houve a denúncia, e ele é acusado de ter fraudado o protocolo. Não se justifica naquela época, não se falava naquela época da existência ou não da grampolândia. Se fala de fraude a um protocolo, que posteriormente vem a ser identificado que a fraude não foi prontificada pelo denunciante”, aponta.
Ela ainda cita exemplos de tumultos causados pelo ex-secretário, como peticionar mais de duas mil páginas em dois meses para retardar o andamento da investigação. Além disso, há a intervenção na Operação Esdras, em que Jarbas expôs o desembargador Orlando Perri.
“Eles (organização criminosa) vem nessa seara de atacar reputações. Recentemente nós vimos no caso do supermercado também, onde acabou atingindo o objetivo, que foi afastar o delegado Flavio Stringueta das investigações”, cita Feldner.
Ainda que tenha atraso das investigações – que começaram em 2015, com a denúncia do ex-secretário de Segurança Pública e promotor de Justiça, Mauro Zaque, de esquema de grampos ilegais – e a prisão preventiva não tenha sido aceita, a delegada se mantém confiante com o andamento do caso.
“Nós estamos lidando com uma organização criminosa que rompeu todo o aceitável para poder se perpetuar no poder. Se isso tivesse dado certo, eu não sei qual estado de democracia que o estado de Mato Grosso estaria hoje. Qualquer ato, inclusive jornalista, pessoas particulares e funcionários públicos que de alguma forma se insurgissem contra questões políticas, com certeza seriam perseguidos”.
Em resposta ao que Jarbas disse ao deixar o Fórum com a tornozeleira, de que “espera que a verdade venha à tona”, Feldner novamente aposta no progresso do caso.
“É tão difícil porque eu não sou psicóloga e nem psiquiatra, eu sou delegada. E como delegada, o que nós estamos trabalhando arduamente é para que toda a verdade venha à tona, esse é objetivo da investigação e acredito que toda a sociedade espera e que aconteça o mais breve possível”.
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